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Discussão sobre uso de Welliton em jogo-treino encaminhou saída de Luxa


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Uma insubordinação de Vanderlei Luxemburgo foi o último ato do treinador que incomodou a direção gremista. O técnico não aceitou receber um recado de que Welliton ficaria de fora do jogo-treino deste sábado, contra o Caxias, que marcou a demissão de Luxa. O comandante se negou a aceitar o aviso do assessor de futebol Marcos Chitolina e disse algo no tom de: 'pede para o presidente me ligar'. A resposta de Koff foi definitiva e parecida com um: 'então avisa que ele não precisa mais treinar'. 

O questionamento de Luxa com Chitolina não se iniciou agora. O diretor político foi orientado por Koff a cobrar forte o treinador após a queda na Libertadores. Foi o que fez. Luxemburgo não aceitou as cobranças. E ambos discutiram de forma áspera. O episódio, antes do início do Brasileirão, porém, foi contornado. O novo ato de 'indisciplina' culminou com a queda do treinador. Outra versão, porém, dá conta de que Chitolina tinha medo de Luxa, que não o considerava. Desdenhava de tudo o que falava o dirigente.

Outro ponto que também pesou foi uma corneta interna: dirigentes próximos de Koff afirmaram que o clube não poderia buscar um rival forte para o jogo-treino que perderia. Luxa não deu nenhum treino tático como preparação para a atividade em sua última semana no clube.

O atacante Welliton pertence aos Spartak Moscou. Os russos comunicaram ao Grêmio que estão negociando o jogador. No contrato de empréstimo, há uma cláusula que libera o atacante em caso de proposta para o clube de origem. Chitolina alertou Luxa e este não gostou. Welliton foi um dos únicos não utilizados por Roger - outro foi o volante Adriano, ainda com desconforto físico. O assessor de futebol não quis comentar a discussão, mas admitiu que pediu para que Luxemburgo não utilizasse o jogador. Em outras oportunidades, o treinador já havia demonstrado não compactuar com as ideias de futebol de Chitolina.

- Não vou falar de apenas um fato. O Luxemburgo deixou o Grêmio por uma série de fatores, não foi algo pontual. Não gostaria de falar nada sobre esse assunto. O Welliton recebeu uma proposta e o Spartak avisou que poderia negociá-lo. É algo que ainda não andou, mas pode caminhar novamente a partir de segunda-feira. Eu avisei o treinador que ele não poderia contar com o atacante - contou Marcos Chitolina ao LANCE!Net.

Os outros fatores citados por Chitolina e que foram contabilizados pela direção são diversos. Por exemplo, a necessidade de levar o elenco gremista para treinar longe de Porto Alegre durante o período de treinamentos, no recesso do Brasileirão. Luxa queria Londrina, Atibaia ou Foz do Iguaçu. Não levou. A diretoria o convenceu a deixar os atletas na capital gaúcha, utilizando a estrutura do Olímpico, para uma contenção de gastos. A insatisfação com o trabalho do técnico também já rondava o presidente - e Luxa sabia. Diversos dirigentes políticos e assessores queriam a saída do treinador. O próprio presidente Fávio Koff afirmou que, com mais tempo, ganhou relatos sobre o trabalho do treinador no campo, que pesaram na escolha.

Amigos de Koff, que o pressionavam por uma mudança, principalmente após a eliminação na Libertadores. Luxemburgo falou abertamente sobre o 'fogo amigo' após o empate com o São Paulo, na Arena. Disse que sabia quem eram os dirigentes, mas que não valia a pena citá-los. Além disso, sempre tentou ter uma relação direta com o presidente Fábio Koff, assim como fez em todos os clubes que passou: era amigo pessoal e cabo eleitoral de Patrícia Amorim no Flamengo e Marcelo Teixeira no Santos.

Koff afirma ainda não ter perfil para o novo técnico do Grêmio


*Atualizado às 23h50



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