Além de alfinetar a Fifa, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, também criticou o Tribunal de Contas da União (TCU) por causa de um relatório em que critica a atuação de Carlos Arthur Nuzman como presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Organizador da Rio-2016.
- É difícil fazer as coisas no Brasil porque para palpitar tem um monte de gente. Para fazer, são poucos - disparou o prefeito, que pouco antes explicou como foi o processo de escolha de Nuzman para a função:
- Acho que temos que entender que construímos um modelo em que o Comitê Organizador é entidade privada, que lida com o bem público. Por que fizemos isso? Porque a burocracia, a inagilidade, inviabiliza muita coisa. Basta olhar a história recente do brasil. Estamos fazendo milagre aqui. O Comitê Organizador abriu mão de uso de recursos públicos. E a escolha foi uma decisão politica, de Lula, Sérgio Cabral e minha para que o Nuzman pudesse assumir. Não é uma decisão de órgãos de controle. Não vemos nenhum tipo de conflito de interesse. Os interesses são convergentes.
O prefeito do Rio ainda apontou uma incongruência no trabalho do TCU:
- Em abril, o TCU fez um relatório com atrasos. Mas era sobre andamento de dezembro.
Nuzman, que esteve ao lado de Paes em uma coletiva nesta quarta-feira, data que marca um ano para os Jogos Olímpicos, foi mais ponderado e garantiu que responde a qualquer questionamento do TCU, especialmente no aspecto das contas da organização olímpica.
- O relatório do TCU é respondido com maior respeito e consideração. Todas informações são prestadas ao TCU, mesmo que não estamos recebendo dinheiro publico. Além disso, temos um conselho diretor independente que está analisando as contas. Não temos nenhum constrangimento - explicou.