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Falcão confirma presença em reunião da CBF e torce para que não seja ‘golpe de marketing’


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Ex-treinador da Seleção Brasileira, Paulo Roberto Falcão é uma das pessoas que estará presente na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Estratégico da CBF. Em entrevista à ESPN Brasil, Falcão torce para que a formação deste conselho não seja um "golpe de marketing" e citou que há uma "prepotência" no futebol brasileiro.

- Estou atento, como a maioria dos torcedores estou sentido com as derrotas. Isso não significa que não possamos colher frutos. A mudança no futebol brasileiro não aconteceu. Como não aconteceu quando o Barcelona surrou o Santos ou depois do 7 a 1. Fui convidado e estou curioso como poderemos colaborar, e espero que não seja um golpe de marketing. Mas eu vou, pois quando o futebol nos chama para ajudar quero fazer da melhor maneira possível. E claro, torcer para que a gente possa colaborar - disse Falcão.

O ex-jogador do Internacional e da Seleção Brasileira adiantou o que falará na reunião. No pensamento de Falcão, o trabalho de correção de atletas na base deve começar ainda mais cedo: com jogadores de 11 e 13 anos.

- Falarei na reunião que o importante é trabalhar com a base. Mas a base é de 11 a 13 anos e não garoto de 16 a 18 anos, que muitas vezes já vão para o time de cima pois precisa entrar na vitrine. Tem de mudar ali, na criança, fazendo a correção nos garotos. E valorizar o talento, a qualidade. Trabalhar a base é essencial.

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Uma das coisas a serem corrigidas é justamente a "prepotência" que tomou conta do futebol brasileiro.

- Temos a prepotência absurda achando que jogamos o melhor futebol e faz anos que não jogamos. Temos de entender isso. Sabe uma coisa que farei se assumir algum clube? Tentar acabar com o balão, o chutão. E isso é só mais um exemplo do que temos de trabalhar na base. E o importante é trabalhar a base para o clube e não para a Seleção. Na Seleção vamos conseguir sempre formar um time competitivo. Mas temos de trabalhar a base para o clube e tentar fazer com que os clubes se fortaleçam, para que o torcedor não veja um Campeonato Brasileiro ruim, como ocorreu no ano passado e ocorre neste ano - avaliou.

Com relação ao desempenho da Seleção Brasileira na Copa América, Falcão não critica o trabalho de Dunga e aponta para a falta de jogadores que desequilibram como ponto fraco.

- Não podemos ter preconceito. Dunga foi bem, tirando aquele jogo com a Holanda na eliminação da Copa. Depois recomeçou bem, venceu amistosos. Mas acho que é diferente. Hoje temos só um jogador diferenciado: Neymar. Não há um que desequilibre, tipo Romário, Ronaldo, Zico, que decidiam individualmente e podiam mascarar a dificuldade tática. Hoje não temos mais isso. Com isso, precisamos mais dos treinos. Isso está faltando: treino. Tivemos dificuldade na Copa América. Faltou tempo para ter um coletivo, um time. Temos de fazer um trabalho que possa dar condições táticas, e isso é possível. A Alemanha não tinha um Messi, um Neymar... e ganhou. Eles estudaram para fazer uma grande seleção e foram campeões - afirmou.

Ex-jogador de Internacional, Roma e São Paulo, Falcão assumiu como técnico da Seleção Brasileira após a Copa do Mundo de 1990 e deixou o cargo com a eliminação da Copa América de 1991. Depois passou como técnico por América-MEX, seleção do Japão, Internacional e Bahia. Como jogador da Seleção Brasileira disputou as Copas do Mundo de 1982 e 1986. 

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