Fisioterapeuta poupa críticas ao Milan, mas explica a evolução de Pato

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Fisioterapeuta do Corinthians, Bruno Mazziotti festeja a marca de 44º jogos pelo clube que Alexandre Pato vai atingir nessa quarta-feira, contra a Ponte Preta, superando os 43 que fez pelo Milan (ITA) em 2008/2009.

- Demos um objetivo para ele alcançar, algo que fosse possível e que tivesse certa relevância, já que ficou um ano e meio sofrendo lesões. Conseguimos chegar aos melhores números dele pelo Milan - disse ele ao LANCE!Net.

- O trabalho com ele ainda não terminou. No final do ano vamos nos debruçar sobre os números para ver o que foi positivo, o que temos de melhorar e o que foi negativo. Esse balanço é feito no fim da temporada. Mas há a sensação de que o que acrescentamos a partir das nossas avaliações iniciais foi acertado, já que ele se aproxima de 50 jogos sem lesão. Não que não vá ocorrer, mas fazemos de tudo para minimizar as chances. Concluímos que era tudo uma questão de ajuste na avaliação mecânica, que nos permitiu deixá-lo bem - conta.

Nesse ano, Pato conseguir ser reconvocado para a Seleção Brasileira, onde participou dos jogos contra Chile, Bolívia Portugal e Austrália. Além disso, não sofreu nenhuma lesão, tendo apenas um problema de cansaço muscular em jogo contra o Tijuana (MEX), pela Libertadores. Para obter isso, Mazzioti mudou alguns métodos de trabalho:

- Alguns estímulos dentro do treino dele são diferentes. Na minha verificação, busquei informações e verifiquei que ele precisava de mais velocidade de reação, de um músculo mais reativo, que tivesse capacidade de contrair mais rápido. Ele é um jogador de explosão. Se não responde no momento exato, pode ter lesão. Demos fluidez criando diversos tipos de exercícios para ele - relata.

Perguntado sobre as críticas do jogador à forma de trabalho dos médicos do Milan, o fisioterapeuta preferiu não entrar em polêmica, mas mostrou acreditar mais no trabalho feito no Brasil.

- Já passei por lá (Itália) e conheço bem o trabalho deles. Sem entrar no mérito de certo ou errado, quero ressaltar que no Brasil temos uma formação acadêmica melhor e controlamos ao máximo o jogador para controlar as variáveis da recuperação. Não vou questionar o que foi feito lá, mas temos muito controle na área de transição do atleta, quando ele está se recuperando e passa a integrar a preparação física e técnica. Temos boa formação, criatividade e um zêlo maior pelos atletas - finalizou.

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