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Gravações apontam suspeitas sobre jogo polêmico entre Timão e Boca


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Desde que se tornaram públicas as investigações sobre os casos de corrupção na Fifa e Conmebol, diversos fatos sobre o ex-presidente da Federação Argentina de Futebol (AFA), Julio Grondona, foram revelados como recebimento de propina, compra de votos em escolha de sedes da Copa do Mundo e agora influência em jogos da Libertadores.

O canal "Tv América", da Argentina, revelou na noite deste domingo, 21, gravações envolvendo o ex-presidente da AFA, falecido em 2014, e Abel Gnecco, diretor da Escola de Árbitros da AFA, que mostram uma suposta "indicação" na escolha do árbitro paraguaio Carlos Amarilla para a polêmica partida entre Corinthians e Boca Juniors, pelo jogo de volta das oitavas de final da Libertadores de 2013, que culminou na eliminação do clube paulista, que teve um gol anulado e pênaltis não marcados durante o confronto. Há também citações sobre a eliminação do Santos para o Independiente na semifinal da mesma competição, em 1964.

- O reforço mais importante do Boca no último ano foi Amarilla - afirma Grondona em um dos trechos revelados.

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As gravações também apontam que Abel Gnecco fez pressão em Carlos Alarcón, diretor da comissão de arbitragem, para a escolha do paraguaio.

- “Gostam aí na Argentina do Amarilla?” Olha, se não gostam dele, não sei. Eu gosto, bota ele e deixa de me encher o saco. Alarcón, me bota o Amarilla e para de encher. Bom, assim foi, o colocou - afirma Gnecco em trecho de conversa com Grondona.

Outros trechos apontam que Grandona também influênciou diretamente na escolha dos árbitros nas partidas entre Boca Juniors e Newell's Old Boys pelas quartas de final da Libertadores daquele ano, que teve como campeão o Atlético-MG.

Em mais uma escuta, Gradona busca formas de fraudar o pagamento do Imposto de Renda, além de atuar diretamente na mudança de horários em jogos do Campeonato Argentino, pagamento de benefícios a clubes de divisões inferiores, entre outros. As gravações também levantam dúvidas sobre a lisura da semifinal de 1964. Grondona era presidente do Independiente e, na conversa, aconselha Gnecco a tomar cuidado com escolhas de árbitros e auxiliares.

- Em 64, quando jogamos contra o Santos, ganhei o (árbitro) Leo Horn, que era holandês, com os dois bandeiras - diz.

O Independiente venceu o Santos por 3 a 2, no Maracanã. A imprensa da época destacou impedimentos mal marcados por auxiliares paraguaios. O árbitro, no entanto, não foi Leo Horn, e sim o inglês Arthur Hollan.  Na volta, na Argentina, o Independiente venceu por 2 a 1 e foi para a decisão.

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