Inter encaminha definições sobre sócios no novo Beira-Rio em julho

Escrito por

Um dos assuntos mais polêmicos do futuro Beira-Rio é quanto à gestão dos 43 mil lugares que ficarão nas mãos do Internacional e o que será feito com os sócios alvirrubros que têm acesso liberado em dias de jogo mediante o pagamento de mensalidade. Atualmente, o clube conta com 30 mil associados com entrada livre ao estádio - são 25 mil sócios e 5 mil locatários de cadeiras. Os estudos ainda estão sendo analisados e definições serão encaminhadas para o Conselho Deliberativo no próximo mês.

Presidente da Comissão de Obras e responsável por encaminhar uma resolução a essa situação, Max Carlomagno se debruçou sobre o tratamento dado aos associados em clubes como Benfica, Porto, Arsenal, Liverpool, Chicaco Fire, NY Red Bull e clubes brasileiros. O maior exemplo é tirado do Gunners, que faz mais de R$ 10 milhões de receita por jogo.

- Temos tempo. Mas temos a intenção de fazer tudo com bastante antecedência. Assim, o nosso sócio terá tempo e poderá entender e naturalmente se sentir bem no novo Beira-Rio. Fizemos um estudo profundo quanto ao tema dos associados - comentou ao LANCE!Net.

Ainda não há um encaminhamento sobre que setores o sócio poderá frequentar sem problemas. No Beira-Rio antigo, os torcedores tinham acesso liberado nas arquibancadas superiores em todo o anel inferior. Carlomagno garante que não há ainda a definição quanto aos setores que estes torcedores poderão ocupar. Os colorados que ingressarem no quadro social a partir da Copa do Mundo, se tornarão receitas diretas dos gaúchos.



Bate-bola
Maximiliano Carlomagno, presidente da Comissão de Obras

Quando se terá uma definição sobre a situação da migração?
Temos um estudo bastante profundo consolidado nos último dias. Vai ser levado em julho ao Conselho. Está sendo discutido com a comissão dos sócios. O que estamos fazendo é efetivaimente tomando maior conhecimento possível em clubes ao redor do mundo. Estamos finalizando uma pesquisa com o nosso sócio para compreender a percepção dele, como é o comportamento de uso dele do Beira-Rio. Como vê o lugar marcado, os anéis. Hoje o Beira-Rio já é setorizado, que são camarotes, cadeiras, cadeiras locadas, as suítes e o que chamamos de resto.

O sócio terá seu acesso diminuído no Beira-Rio?
Não temos essa definição. Se eu disser algo estaria antecipando uma informação que não tenho. É o momento de discussão, estamos estudando o tema, não teria como falar neste momento.

Que casos servem de exemplo?
Estudei os casos do Benfica e dos outros clubes portugueses. Eles têm sócios com diferentes perfis de relação com o clube. E conseguem continuar aumentando. os times ingleses, o Arsenal e o Liverpool, um com estádio totalmente novo e referência de receita. Estudamos os times americanos, especialmente como fazer esse processo de produtificação dos espaços dos estádios. Temos a parceria com o Chicago e conheci o caso deles, e o NY Red Bull. Estudamos os clubes do Brasil, seja o mais perto ou o mais longe, para entender como estão fazendo isso.

Siga o Lance! no Google News