Jobson relata agressão durante prisão e pede que Fifa o veja como ‘humano’

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Preso no início deste mês, em Conceição no Araguaia, no Pará, por estar dirigindo embriagado, Jobson falou pela primeira vez com a imprensa sobre o caso. Em entrevista ao "Esporte Espetacular", da TV Globo, neste domingo, o atacante, de 27 anos, suspenso pela Fifa por quatro anos por se recusar a fazer um exame antidoping, quando atuava pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita, afirmou que foi desrespeitado pelos policiais que o detiveram.

- Fui surpreendido por dois soldados quando já estava em casa. Eles me agrediram. Bateram no meu rosto. Me arrastaram. Foi tortura. Foi racismo - afirmou Jobson.

Jobson ficou dois dias preso, sendo solto mediante a pagamento de fiança no valor de R$ 7 mil, aproximadamente. O jogador, que teve seu contrato encerrado com o Botafogo no fim de junho, e que agora luta para ter sua suspensão revista pela Fifa, está sendo investigado por direção perigosa, embriaguez ao volante e desacato à autoridade. O atacante nega, no entanto que tenha desrespeitado os policiais. Por isso, encaminhou ao Ministério Público um vídeo com o ato da prisão, em que Jobson é agredido pelos PMs, que, por isso, foram afastados das atividades nas ruas.

Jobson contou também como se deu a negativa dele pelo exame antidoping no Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Segundo ele, havia uma briga na Justiça contra o clube e por isso, teve medo de realizar o exame.

- Estava em casa quando o pessoal da federação chegou. Eu não ia não confiar. Decidi não fazer. Já estava com uma briga feia com o presidente por causa do meu pagamento. Achei que ele estava armando contra mim - relatou Jobson, afirmando que está sofrendo pela decisão da Fifa em não deixá-lo jogar:

- Já chorei muito. Desabafei e comecei a chorar. Espero que a Fifa reduza minha pena, que ela possa me ver como humano. Estão tirando o que eu mais gosto de fazer.

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