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LANCE! Opina: Jogos Olímpicos – Boas e más notícias no horizonte


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A um ano dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro vive uma série de dualidades. Por um lado, como poucas vezes em um evento dessa magnitude, o cronograma de obras é cumprido de forma bem próxima do previsto. O ritmo dos trabalhos nas arenas é acelerado e os organizadores asseguram que os eventos-testes marcados para este segundo semestre e o início do ano que vem – talvez o golfe seja a exceção – serão realizados sem maiores atropelos nas datas e nos locais de competição. Mesmo que percalços importantes (vejam nas páginas 6 e 7 deste caderno) ainda precisem ser superados para finalizar algumas instalações.

Existem problemas, por exemplo, na conclusão do velódromo, no complexo do tênis e nas instalações temporárias da Marina da Glória e do remo na Lagoa Rodrigo de Freitas. E, vale lembrar, independentemente dos jogos, ainda há que se concretizar a solução para o novo autódromo, motivo de promessa quando se decidiu pelo uso do antigo para instalações olímpicas.

O ritmo das obras de infraestrutura, diga-se de passagem, no geral também segue a contento. Ainda que pese alguma desconfiança de especialistas quanto à entrega do metrô para a Barra na data e nas condições ideais de operação.

Mas a maior das contradições envolve o antes e o depois.

Se os preparativos nos dão uma certa tranquilidade, o que ficará dos Jogos é motivo de preocupações. O legado ambiental está definitivamente comprometido. A despoluição das lagoas da Barra e da Rodrigo de Freitas, já se sabe, está longe de ser alcançada. E infelizmente, conforme previsto, a situação da Baía de Guanabara virou tema da imprensa internacional, motivo de chacota e uma vergonha para a cidade.

A contaminação da baía (bem mais do que apenas poluição) é, certamente, o maior exemplo de desleixo do poder público. É injustificável, ainda que não estivesse incluída entre os compromissos oficiais dos Jogos. Um desastre anunciado e assistido inerte pelo governo do Rio. Como se esperasse um milagre para limpar as águas. Chega a ser uma afronta a declaração do governador Pezão de que só na década de 2030 as águas voltarão a estar límpidas.

O legado esportivo, outro ponto fundamental, igualmente, muito pouco tem sido trabalhado. A ideia de fazer dos Jogos um trampolim para a massificação da prática esportiva, como forte fator de formação da cidadania e de inclusão social passa ao largo das prioridades dos governos. Uma oportunidade que está se perdendo. Mas, se levada a sério, talvez ainda possa ser alcançada num futuro que extrapola a Rio-2016.

É o que o Rio e o Brasil esperam.

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