Lugano, sobre protestos no Brasil: ‘Há muito para cobrar e melhorar’
O zagueiro e capitão da seleção uruguaia, Diego Lugano, viveu por três anos no Brasil, quando defendeu o São Paulo de 2003 a 2006. Em meio à disputa da Copa das Confederações, acompanha pela televisão as manifestações que ocorrem em diversas cidades do país nas últimas semanas.
Apesar de não querer entrar no mérito, o jogador reconhece que o brasileiro "é um povo sofrido" e vê os protestos, de forma pacífica, como inspiração até mesmo para cidadãos de outros países sul-americanos.
- Eu não sou brasileiro, não sou ninguém para falar. Simplesmente como sul-americano a gente acompanha, a gente deseja que as manifestações, que é um direito do povo em qualquer parte do mundo, sejam pacíficas. Que isso traga consciencia ao povo brasileiro e por que não ao povo sul-americano? É um povo sofrido, culpa de muitos fatores. É uma coisa que não começa e não termina na Copa do Mundo. Tomara que o povo brasileiro e sul-americano tenham consciência no dia a dia, de que há muito para se cobrar, muito para melhorar. Que vai muito além de uma Copa das Confederações e de um Mundial - afirmou o jogador.
Lugano recebeu diversas propostas para retornar ao futebol brasileiro nas últimas janelas de transferências. No entanto, preferiu seguir na Europa. Depois de sair do São Paulo, ele defendeu Fenerbahce (TUR), Paris Saint-Germain (FRA) e, atualmente, Málaga (ESP), onde está emprestado até julho.
De acordo com a imprensa uruguaia, o Peñarol pode ser o destino do zagueiro de 32 anos. Nesta quinta-feira, após a vitória por 2 a 1 sobre a Nigéria, na Arena Fonte Nova, ele não negou que seja uma possibilidade e deixou o futuro em aberto. Uma decisão só sairá após a Copa das Confederações.
