Escrito por Lance!
Nas últimas semanas, Paolo Guerrero e Emerson Sheik, que não teriam os contratos renovados, despediram-se do Corinthians rumo ao Flamengo. Agora, é a vez de Fábio Santos dar adeus a caminho do Cruz Azul, do México. Na semana que vem, Petros deve selar a transferência para o Betis, da Espanha. Em meio a tantas saídas, o meia Renato Augusto falou sobre a crise financeira do clube e ressaltou a dificuldade de reconstruir a equipe durante o Brasileirão.
- Sabemos da dificuldade que o clube tem hoje, financeiramente. Precisa reduzir gastos, fazer caixa, então o desmanche é inevitável. Cabe a quem está aqui ter paciência. Vai ser um momento complicado, podemos fazer uma grande partida, mas depois uma partida horrível. É difícil, só o trabalho vai poder nos ajudar. Vamos continuar trabalhando, tentando achar logo uma forma de jogar. Estamos começando a achar. Depois, é tentar manter - disse o jogador alvinegro, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, no CT Joaquim Grava.
- Reconstrução é sempre difícil. Você ter de reconstruir uma equipe no meio do campeonato é ainda mais difícil. No Corinthians, você precisa dar respostas imediatas. Tem de juntar os cacos para dar essa resposta rápida - completou.
Renato era um dos melhores amigos de Fábio Santos no elenco corintiano. Ele revelou que o camisa 6 ficou triste pela saída, porque queria seguir no Timão, que avisou que não pretendia renovar o contrato, que acabaria no fim deste ano.
- É um cara que é líder do time, todo mundo respeita e tem um carinho muito grande. Já está praticamente certa (a saída), pelo que vi, então fico na torcida por ele, para que possa ser feliz lá. Ele sentiu muito. Como amigo pessoal posso dizer isso. A vontade dele, na minha opinião, era de ficar, mas não foi possível por tudo que vem acontecendo dentro do clube. Fico triste, mas vida que segue. Vamos juntar os cacos e montar um time novamente - lamentou o meia.
O Corinthians vem de vitórias sobre Joinville e Internacional, mas Renato Augusto ainda acredita que o clube passa por um momento de turbulência. Por isso, considera essencial uma vitória no clássico deste sábado, contra o Santos, na Vila Belmiro.
- Atravessamos um momento complicado de turbulência, de estar oscilando bastante e tentando encaixar a equipe. Vitória em clássico dá confiança. Apesar da derrota para o Grêmio, fizemos uma boa partida. Uma vitória nos deixaria com confiança maior para a sequência dos jogos - finalizou o camisa 8, que completará 100 jogos pelo clube ao entrar em campo diante do Santos.