Modalidades não-olímpicas presentes no Pan sonham com inclusão nos Jogos de Tóquio
No Pan de Toronto, até mesmo o Comitê Olímpico do Brasil (COB) reconhece que as modalidades não-olímpicas acabaram em segundo plano. Isso sempre aconteceu historicamente, e se agravou com a realização dos Jogos Rio-2016, em que todos os esforços foram priorizados para as disciplinas que lá serão disputadas. Mas, em meio ao evento canadense, atletas e dirigentes desses esportes considerados “pequenos” alimentam o sonho de competirem na Olimpíada de 2020, em Tóquio.
Em setembro deste ano, o comitê organizador dos Jogos no Japão irá indicar uma ou mais modalidades ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para entrar no programa de competição – a decisão final sobre o tema só será tomada em agosto de 2016, em sessão do COI, no Rio de Janeiro.
Brasil estreou neste domingo no softbol, com derrota para o Canadá por 6 a 0 (Foto: Eduardo Viana)
Das oito presentes na lista atual de Tóquio-2020, cinco estão sendo disputadas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, todas com representantes brasileiros: squash, patinação sobre rodas, beisebol/softbol, boliche e caratê. As outras três são escalada, surfe e wushu.
O Brasil tem 31 atletas nestas cinco modalidades. O squash deixou Toronto sem medalhas. A patinação artística levou um ouro com Marcel Stürmer, e uma prata com Talitha Haas. A Seleção feminina de softbol fez neste domingo seu primeiro jogo contra o Canadá (perdeu de 6 a 0), e o caratê e o boliche ainda não estrearam.
Em meio às disputas no Pan, o tema Tóquio-2020 faz parte do imaginário de integrantes dessas disciplinas, e que terão de assistir às competições da Olimpíada Rio-2016 como torcedores.
– Estamos bem ansiosos. Nosso objetivo é estar na Olimpíada – disse William Nascimento, chefe de delegação do caratê no Pan.
