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Novo ídolo vê estereótipo de surfista superado e quer ‘mais Medinas’


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Aos 21 anos, Gabriel Medina Pinto Ferreira acredita ter quebrado um preconceito histórico na sociedade brasileira com o título mundial conquistado na última sexta-feira: a marginalização dos amantes do surfe. O jovem de São Sebastião é o primeiro brasileiro e também o mais jovem da história a erguer a taça que assombrou o universo do surfe e criou um novo ídolo nacional em um esporte bem diferente do futebol. Para Medina, sua conquista é só o início de uma trajetória ascendente do surfe, que agora não é mais coisa para "vagabundo".

- Antes o surfe tinha um ponto de vista muito ruim das pessoas. Acreditavam que só praticava quem era maloqueiro, quem fumava maconha, essas coisas. Hoje não. Hoje ele é visto como uma profissão séria, e eu reconheço que a responsabilidade de um ídolo do esporte no Brasil é gigante - admite Gabriel Medina, que voltou ao Brasil cercado por fãs no Aeroporto de Guarulhos e deu uma entrevista coletiva bem concorrida no fim da tarde desta terça-feira.

Medina, a partir de agora, será a referência para o crescimento do surfe no Brasil. O "Brazilian Storm" (tempestade brasileira) ainda tem outros seis nomes na elite do circuito mundial (Adriano de Souza, Filipe Toledo, Alejo Muniz, Miguel Pupo, Raoni Monteiro e Jadson André), mas o campeão mundial é quem será o exemplo para as novas gerações. E ele já faz cobranças: o apoio das empresas ao esporte precisa aumentar.

- O surfe brasileiro tem vários caras bons, estão representando bem o país, mas o que faz falta é as pessoas acreditarem mais, as marcas também. Talento a gente tem um monte. O problema é que lá fora os moleques de dez anos têm patrocínio. Aqui eles têm mais talento, mas surfam de forma amadora, sem patrocínio. Esse lance de acreditar no surfe é que vai fazer a diferença - identifica o precoce campeão mundial, consciente de que esses "moleques de dez anos" vão agora mirá-lo como exemplo.

- Tem muitos moleques que me acompanham, mas eu vou sempre ser eu, passar o melhor que posso. Quero ser um bom exemplo para quem me assiste e quem quer ser surfista.

Nunca se falou tanto em tubos, ondas, goofy foot ou backdoor no Brasil. E durante as férias do calendário nacional de futebol, Gabriel Medina quer aproximar seu esporte da paixão que os brasileiros nutrem pelos clubes e pela Seleção.

- O surfe não era o esporte número um do Brasil, nem será, mas espero que com a minha vitória a gente se aproxime do futebol. Mais praticantes, mais vencedores. A receita é essa, vamos ver se dá certo - torce.

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