OPINIÃO: ‘Dirigentes do Flu estão fazendo escola com Eurico?’

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Editor do LANCE!
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Como assim? Evitar que os torcedores e sócios possam ver seus ídolos atuais? Ué, foi o próprio clube, a mando da diretoria atual, que acionou o seu departamento de marketing para fazer todo este estardalhaço com a contratação de Ronaldinho Gaúcho e o “problema” do lado direito do Maracanã? Foram eles que provocaram o Vasco e seu presidente Eurico Miranda. Eu, particularmente, achei a ideia sensacional e curti, principalmente, pela retrucada ao “todo poderoso”.

Porém, agora, o departamento de futebol se torna um novo aprendiz do mandatário do rival ao aplicar a “Lei da Mordaça”, proibindo entrevistas dois dias seguidos e um treino sem torcida, sócios e imprensa.

E olha que durante o Campeonato Carioca, Peter Siemsen e Mário Bittencourt criticaram veementemente a Federação de Futebol do Rio (Ferj) quando Fred abriu o verbo contra a entidade e foi punido por isso. Aliás, o Fluminense também deu às mãos ao Flamengo quando Vanderlei Luxemburgo levou a mesma punição.

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No mundo dos contos de fadas, Peter Pan é uma criança que não quer crescer e o Pequeno Príncipe visita o Planeta Terra e é ameaçado de ser picado pela serpente. Por que falo isso? Porque ao não amadurecerem e só aparecerem nos bons e épicos momentos, de certa forma,  alguns dirigentes desrespeitam a massa tricolor.

Afinal, a medida não afeta simplesmente à imprensa. Pelo contrário. Afeta muito mais aos seus torcedores, que querem saber como está a preparação do time, o que os seus jogadores pensam, entre outras coisas. Como eu disse, Peter Pan é uma criança que não quer crescer e o Pequeno Príncipe levou a picada da serpente. Na verdade, a picada da vaidade.

Mas no conto brasileiro, ele(s) também faz(em) birra, e a(s) a tal vaidade(s) - como dito acima -, fala mais alto do que qualquer coisa. Isso só estraga a relação com os milhões de tricolores. Mordaça simplesmente é, segundo o dicionário da língua portuguesa, “s.f.: 1) Pano ou objeto com que se tapa a boca de alguém, para que não fale nem grite. 2) Açamo, focinheira. 3) Repressão da liberdade de falar ou de escrever”.

Não só colocaram esses panos nas bocas dos jogadores e técnico como também taparam os ouvidos e olhos dos torcedores. Aí depois a diretoria vem com apelo para aumentar o número de sócios-torcedores, pede ajuda para isso ou aquilo...

Ora bolas, vocês, dirigentes, estão de qual lado? Do lado da instituição e do torcedor ou seguindo a cartilha do “todo poderoso” presidente vascaíno? Se for a segunda opção, estão aprendendo direitinho... Parabéns, nota 10!

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