Pai de Neymar nega antecipação do Barcelona e diz: ‘Não é problema meu’
O pai de Neymar negou que tenha recebido dinheiro do Barcelona (ESP) em 2011, apesar do clube espanhol ter informado na última segunda-feira que adiantou 10 milhões de euros (cerca de R$ 27 milhões) para contratar o jogador. Neymar da Silva se defendeu dizendo que o montante era para comprar a parte da DIS, ex-dona de 40% dos direitos econômicos do jogador, e que agora a discussão sobre o valor não é problema seu.
Essa foi a primeira vez que seo Neymar, como é conhecido, conta tal versão. No passado, quando perguntado sobre o adiantamento, amplamente divulgado pela imprensa espanhola, ele se limitava a negar e dizer que desconhecia tal pagamento. Claramente irritado, ele atendeu a reportagem do LANCE!Net e chegou até a se confundir na explicação.
- Claro que não houve adiantamento para mim. E esse dinheiro não é problema meu. É do Santos. Nem do Santos é, na verdade. Isso não veio, tem que ver com eles (Barcelona) - afirmou.
Ao ouvir que o Barcelona havia divulgado o pagamento em seu site oficial, seo Neymar rebateu:
- Isso é mentira, falei com o pessoal de lá sobre a forma como isso está sendo divulgado e eles disseram que o dinheiro foi para o André Cury (representante do Barça na América do Sul) comprar a parte da DIS - disse.
A empresa do Grupo Sonda detinha 40% dos direitos econômicos do atacante, enquanto a Teisa (Terceira Estrela Investimentos), 5%, e o Santos o restante. Segundo o pai de Neymar, o Barcelona não conseguiu chegar a um acordo com a DIS.
A DIS nega a versão do pai de Neymar. Garante que nunca se reuniu com André Cury e que só recebeu uma proposta do agente agora, pouco antes da negociação ser selada. Em 2011, dizem que só o Real Madrid os procurou para negociar, em julho, durante a janela de transferências internacionais do meio do ano.
- Não conseguiram comprar e esse dinheiro (10 milhões de euros) voltou para a operação - justificou.
Dessa forma, Neymar não teria recebido qualquer quantia do Barcelona antes de enfrentar os culés na decisão do Mundial de Clubes, em dezembro de 2011.
- Tinha que ser muito idiota para acreditar nisso. É claro que não procede - finalizou.
