Placar de julgamento no STJD dá esperança à defesa da Aparecidense

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A primeira disputa no Tribunal foi ruim para a Aparecidense, que acabou sendo excluída da Série D. Mas a defesa do clube goiano ganhou na reta final do julgamento um ânimo para a prorrogação, ou melhor, o recurso que deve ser feito em até três dias para levar o caso ao Pleno do STJD.

O placar já estava 3 a 0 a favor do Tupi, mas o voto do presidente da Primeira Comissão Disciplinar, Paulo Valed Perry, pedindo a absolvição da Aparecidense, dando punição somente ao massagista Esquerdinha, que invadiu o campo para evitar um gol do time mineiro no segundo jogo das oitavas da Série D, deixou o advogado da Aparecidense confiante.

- O presidente da Comissão votou pela absolvição do Aparecidense e punição do massagista. E isso é o que vamos buscar no Pleno do Tribunal. Não tenho dúvida que o clamor que se criou pelo Brasil pesou. Mas isso não pode pesar, e sim o que a lei fala. Por isso estamos confiantes de que vamos reverter esse resultado - disse o advogado João Vicente Moraes, que ainda completou:

- Foi uma faculdade do relator desqualificar o artigo 243-A. Mas entendo que não é cabível aplicar o 205 e não estou sozinho. Esperamos reverter isso.

Inicialmente, a Aparecidense tinha sido denunciada no 243, mas esse artigo não previa a exclusão do campeonato, que só se tornou possível pela aplicação do 205, a pedido da defesa do Tupi, feita pelo advogado Mario Bittencourt.

- O sentimento de revolta no Tupi era muito grande, mas acho que essa decisão recoloca o trem nos trilhos em relação ao campeonato e à Justiça Desportiva. Premiar a Aparecidense com outro jogo seria uma temeridade - disse Bittencourt.

O fato de o placar em primeira instância não ter sido por unanimidade chateou o vice-presidente do Tupi, Cloves Santos.

- Nem dá muito para dizer que estou feliz, porque o prejuízo que tivemos nesse período - moral, financeiro - não tem como ser ressarcido. Se fazer justiça aqui no tribunal não dá prazer. Estou chateado. Além disso, merecíamos uma unanimidade - disse ele.

Se a Aparecidense entrar mesmo com o recurso, ele será encaminhado à presidência do STJD, que vai determinar em qual sessão do Pleno ele fará parte.

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