Presidente do Porto fala de Casagrande e o uso de heroína
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O presidente do Porto, Pinto da Costa, lançou recentemente o livro "31 Anos de Presidência, 31 Decisões", que não é uma biografia, mas fala sobre os seus principais momentos no comando do Dragão. Um dos capítulos é dedicado ao uso de heroína do ex-atacante Casagrande, campeão europeu pelo clube em 1987. Ele lembra como foi que recebeu a notícia, e o que teve que fazer para ajudá-lo.
"Numa noite, Luís Teles Roxo, vice-presidente do clube e responsável pelo futebol, procura-me e logo sinto que algo de grave se passa! De imediato me diz: "Presidente, isto é grave e tem que ficar entre nós. O Casagrande consome heroína, e creio que nas veias". Fiquei surpreso, confesso, e não queria acreditar. Explicou-me que tinha a informação de fonte segura, de alguém que frequentava um pequeno bar, onde era normal o consumo de heroína", diz Pinto da Costa em seu livro.
Diante da situação, o presidente admite que ficou preocupado com o homem e o atleta, e tomou a decisão, ao lado de Roxo, de que ninguém mais saberia disso, e que as condições para ele largar o vício seriam criadas para não ir mais ao bar.
"O que conseguiu. Depois, havia que o deixar partir para mudar de hábitos, por isso não tentamos mantê-lo entre nós e vimos com satisfação a sua transferência para um pequeno clube, o Ascoli. Totalmente livre da tentação em que caíra, rumou ao Torino, onde teve uma carreira brilhante".
No ano passado, Casagrande denunciou em sua biografia que tinha sido forçado a usar doping em algumas partidas do Porto. Os médicos do clube na altura rechaçaram a acusação e garantiram que não havia isso. Pinto da Costa ainda afirmou que só resolveu falar agora sobre o assunto porque o próprio ex-atacante já fala abertamente. Diz ainda que acredita ter ajudado em sua recuperação, e que o testemunho possa servia de exemplo aos mais jovens.
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