Primeiro eliminado do SuperSurf, carioca demorou quatro horas para chegar em Ubatuba: ‘Felizão’

Escrito por

Vindo de carona do Rio de Janeiro com um amigo, Filippe Ferreira levou quatro horas para chegar até Ubatuba (SP), onde está sendo disputada a segunda etapa da edição 2015 do Oi SuperSurf, porém viu o sonho de brigar pelo título da competição ruir em quinze minutos, após ser eliminado na bateria inaugural do evento, na manhã desta quarta-feira.

No primeiro round, dois surfistas se classificam por bateria. Pedro Neves, Edgard Groggia, José Eduardo e Filippe Ferreira foram os primeiros a cair na água em Ubatuba. Neves e Groggia conseguiram a classificação, enquanto Filippe foi o último colocado da prova.

- Na real eu vim porque sempre gostei muito de surfar desde pequeno. Como tenho patrocínio da Furnas, no kitesurf, eles me deram uma oportunidade de vir para competir. Peguei uma bateria difícil, surfei mal, a galera surfou demais. Acontece, perdi, né. Agora é treinar para as próximas e assistir aí porque todo mundo surfa muito. Só de estar aqui, estou felizão, perdendo ou ganhando. Não fiquei chateado, tudo certo. Se fosse no kite, talvez eu ficaria mais chateado - afirma Fillipe, de 21 anos, ao LANCE!.

Campeão brasileiro de kitewave, Fillipe começou a surfar com sete anos, inspirado pelo pai Frajola Ferreira, um dos grandes responsáveis por trazer o kitesurf ao Brasil nos anos 90. Mais tarde, aos 13, decidiu seguir para o esporte do pai.

- Já competi surfe quando era mais moleque, campeonato estadual, mas também nunca me dei muito bem. Depois fui pro kite, consegui ganhar algumas coisas, e agora estou querendo competir no surfe de novo. São as mesmas manobras, só que no kite você tem a pipa para te puxar, mais velocidade, explosão. É quase a mesma coisa - diz o kitesurfista.

Quando saiu da água, Filippe logo tratou de culpar a virilha pelo desempenho, porém, o tranquilo carioca, após ter diminuído a tensão da prova, admitiu que a dor não o prejudicou tanto assim.

- Deu uma contração ontem. Estava surfando e, do nada, eu senti. Tomei anti-inflamatório e melhorou bem pouco. Mas não chegou a atrapalhar. Quando eu estava quente, eu nem senti muito. Foi mais desculpa mesmo - finaliza. 

Siga o Lance! no Google News