Revista polemiza: o futebol brasileiro morreu?
Em sua edição de junho, a revista inglesa “Four Four Two”, uma das mais respeitadas publicações de futebol do mundo, levantou a questão da decadência do futebol brasileiro. Com uma capa ilustrada por um escudo da CBF com a sigla RIP? (descanse em paz?), a revista aborda desde a ausência de jogadores brasileiros de destaque no futebol mundial atualmente até os atrasos na preparação para a Copa de 2014.
“O futebol é feio; a Copa do Mundo de 2014 está em caos; eles não têm astros; e seus melhores jogadores são defensores!” estampa a revista em sua capa. A matéria repercutiu negativamente no Brasil, e, no site da revista, praticamente todos os comentários são de brasileiros contestando a reportagem.
– Sou obrigado a discordar. O futebol brasileiro não tem mais a mesma representatividade que tinha 20 ou 30 anos atrás, mas dizer que o futebol brasileiro morreu é um pouco forte – comentou Roberto Assaf, colunista do LANCE! A verdade é que desde que Kaká foi eleito o melhor jogador do mundo, em 2007, um brasileiro não fica entre os três finalistas do prêmio da Fifa, que teve oito vencedores tupiniquins em 20 anos.
Na Europa, os brazucas são coadjuvantes dos principais times e, em geral, os destaques são defensores como Daniel Alves e Thiago Silva.
TRANSIÇÃO
Por outro lado, a produção de talentos não para. Neymar vem sendo cobiçado por times como Real Madrid, Barcelona e Chelsea, e Ganso está na mira dos rivais Internazionale e Milan, enquanto o apoiador Lucas, do São Paulo, também começa a despertar interesse internacional.
– Transição existe sempre. Neste momento, não temos jogadores excepcionais em grande número, mas ainda temos grandes jogadores jovens que estão despontando – contou ao LANCENET! o ex-jogador Carlos Alberto Torres, campeão em 1970.odos nós conhecemos.
Com a palavra: Tostão - A Seleção virou um time igual aos outros
"Dizer que o futebol brasileiro morreu é exagero, mas a premissa da revista é verdadeira. Estou sempre falando que o futebol brasileiro mudou. O Brasil continua formando grandes jogadores, mas em menor número, e agora produz uma quantidade enorme de jogadores comuns - o que reflete na Seleção.
Nas últimas duas Copas do Mundo, os brasileiros de destaque foram os jogadores de defesa. Do meio para a frente, está diminuindo o número de brazucas que se destacam. Na Europa a mesma coisa, brilham os defensores. A Seleção Brasileira virou um time igual aos outros".
