Santos vive drama na Vila, só empata com o Náutico e não encosta no G4

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Sem ofensividade no primeiro tempo e sem eficiência no segundo, o Santos sofreu, e não conseguiu vencer o lanterna Náutico nesta quarta-feira, em jogo atrasado da 11ª rodada do Brasileirão. Na Vila Belmiro, o time do técnico Claudinei Oliveira teve sua vida dificultada em busca do sonhado G4. A partida terminou em 1 a 1 e a equipe está agora a seis pontos do grupo que obtém vaga na Copa Libertadores. 

Principal homem do meio-campo santista, Montillo saiu ainda no primeiro tempo por conta de uma lesão na coxa direita. Mas com ou sem o argentino, o Santos não conseguia desenvolver suas jogadas. Travado, viu o Náutico, em suas raras oportunidades, balançar as redes com Maikon Leite, aos 37 do segundo tempo.

Cícero, de falta, igualou no minuto seguinte, mas as vaias no intervalo e no fim da partida simbolizaram o sentimento de frustração do torcedor, que vê a vaga na Libertadores de 2014 cada vez mais distante da Baixada.

Com o resultado, o Peixe se iguala a todos os outros times no número de jogos e fica no sexto lugar da tabela, com os mesmos 33 pontos do Goiás, porém o supera no segundo critério de desempate, o saldo de gols (6 a 2). O Grêmio, que abre o G4 atualmente, tem 39, e se afasta dos paulistas. Já o Náutico segue longe de deixar a lanterna: o time agora tem 11 pontos, oito a menos que a Ponte Preta, que está em 19º.

O JOGO

A impressão que a equipe santista passava desde os primeiros minutos de bola rolando era de insegurança com a nova formação, com dois volantes de marcação e dois meias jogando mais adiantados, diferente do que vinha acontecendo nas rodadas anteriores. Cícero voltava para buscar e sair jogando, mas era nítido o buraco no setor de meio-campo. Enquanto isso, o Náutico ousava - com Tiago Real e Maikon Leite tentando abrir espaço pela esquerda, os lanternas ficaram mais com a bola que os donos da casa nos primeiros minutos.

Essa situação começou a se inverter a partir dos 15 minutos, quando Cícero chamou a responsabilidade na criação de jogadas, recebeu de Cicinho pela direita do ataque, pedalou para cima da marcação e cruzou na área. Na primeira trave, Gideão desviou com um tapa, e a bola sobrou limpa para Giva, que finalizou para boa defesa do goleiro do Timbu. A bola voltou pingando para Willian, que finalizou por cima do gol a primeira chance real do Peixe.

À medida em que o Santos encaixava sua proposta de jogo, o Náutico encostava cada vez menos na bola. Mas, aos 21 da etapa inicial, Willian José foi desarmado na intermediária e Elicarlos lançou Rogério de primeira. Nas costas de Cicinho, o camisa 9 do Timbu olhou para o gol de Aranha e atirou, por cima, com o peito do pé, muito perto do travessão. A bola foi lenta, e passou bem perto. Depois disso, os pernambucanos praticamente observaram o Santos desenvolver seu jogo até o fim do primeiro tempo. Sem sucesso, graças ao elevado número de erros de passe.

Após a lesão de Montillo, que sentiu a coxa direita e deixou o jogo aos 33 do primeiro tempo, a situação do Peixe ficou ainda mais dramática e a atuação sofrível. Leandrinho, o quarto volante, entrou, mas o time não conseguia desenvolver as jogadas por conta do cacoete defensivo dos companheiros, que não acompanhavam.

O ritmo do Peixe aumentou no segundo tempo, já que Claudinei entendeu as necessidades da equipe e lançou Léo Cittadini no lugar do marcador Renê Júnior. Antes de o marcador anotar um minuto de bola rolando, o time da casa já havia desperdiçado boa chance, com Willian José, que não estava em noite inspirada. Com Maikon Leite e Tiago Real trabalhando a bola com qualidade, o Timbu não abriu mão de jogar, mas Aranha impediu algumas oportunidades.

Aos 37 do segundo tempo, nem Aranha salvou. Maikon Leite recebeu passe longo, nas costas de Mena, do lado direito do ataque do Náutico, ganhou na corrida de Gustavo Henrique e arrematou no canto do goleiro santista, determinando a abertura do placar na Vila Belmiro.

Depois de passar quase o jogo inteiro sem assustar, o Santos precisou sofrer o primeiro gol para reagir logo no minuto seguinte, quando Willian José foi derrubado na entrada da área. Com a bola posicionada na meia-lua, Cícero bateu falta com precisão e deixou tudo igual.

Depois de cumprir seu jogo atrasado, o Santos volta a campo no próximo domingo, às 18h30, quando visita o Atlético-MG no estádio Independência, em Belo Horizonte. Já o Náutico, ainda distante do 19º colocado, recebe o Coritiba sábado, na Arena Pernambuco.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 X 1 NÁUTICO

Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data-Hora: 25/9/2013 - 21h
Árbitro: Francisco do Nascimento (AL)
Auxiliares: Thyago Leitão (PI) e Gean Carlos Menezes (RR)
Renda e público:  R$ 132.701/ 5.108 torcedores
Cartões amarelos:  Leandrinho e Giva (SAN); Maikon Leite, Derley, Leandro Amaro, Maranhão e Martinez (NAU)
Cartões vermelhos: -
Gols: Maikon Leite, aos 37'/2T (0-1) e Cícero, aos 39'/2T (1-1)

SANTOS: Aranha, Cicinho, Edu Dracena, Gustavo Henrique e Mena; Alison, Renê Júnior (Léo Cittadini, no intervalo), Cícero e Montillo (Leandrinho, aos 32'/1T); Giva (Gabriel, aos 26'/2T) e Willian José. Técnico: Claudinei Oliveira.

NÁUTICO: Gideão, Maranhão, João Filipe, Leandro Amaro e Luiz Eduardo (Dadá, aos 24'/2T); Elicarlos, Martinez, Derley e Tiago Real; Rogério (Hugo, aos 28'/2T) e Maikon Leite (Oliveira, aos 42'/2T). Técnico: Marcelo Martelotte.

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