Sem intercâmbio! Italianos e espanhóis não costumam jogar nos países rivais
Os gigantes da Itália e da Espanha são conhecidos por fazerem contratações ao longo dos tempos, e muitos jogadores estrangeiros. Porém, os principais clubes dos países dos semifinalistas da Copa das Confederações não costumam fazer muito intercâmbio com as pátrias que estão a apenas "uma França de distância". O técnico Carlo Ancelotti, anunciado esta semana no Real Madrid, é apenas o quinto homem da terra da bota a jogar ou treinar nos merengues.
Na última edição do Campeonato Espanhol, foram apenas três italianos. No sentido inverso, só um. E está em um dos gigantes. Trata-se de Bojan, cria do Barcelona, que esteve emprestado pela Roma.
INTERNAZIONALE
Entre os jogadores que estiveram no país rival desta quinta na semifinal em Fortaleza, o de mais sucesso na passagem foi Luis Suárez. O galego saiu do Barça para ficar na Internazionale de 1961 até 1970, talvez o período mais vitorioso do clube. Por lá, levou três vezes o Campeonato Italiano, além de duas Ligas dos Campeões, acompanhadas pelos respectivos Mundiais. Ele está no clube de Milão até hoje, como dirigente. Também foi técnico por três vezes.
Por falar em treinador, Rafa Benítez representou a Espanha há pouco tempo, para levar o clube ao seu terceiro Mundial. O meio-campo Joaquín Peiró foi companheiro de Suárez nos anos 1960, e Farinós, hoje no Villarreal, esteve lá entre 2000 e 2005.
MILAN
Pelo Rossonero, pouca tradição neste aspecto. O elenco da última temporada teve Bojan, que ainda não cumpriu o que prometia quando estava na base do Barcelona. No início da década passada, José Mari e Javi Moreno passaram pelo clube, mas sem destaque. Teve ainda Dídac Vilà, hoje no Bétis, que nunca teve chances no time principal, e há o jovem Adrià Carmona, que esteve emprestado ao Zaragoza em 2012/13.
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JUVENTUS
Apenas um espanhol vestiu a camisa da Juventus. Luis del Sol brilhou por Bétis e Real Madrid antes de ir para Turim. Pela Velha Senhora, teve bons momentos, chegando a ser campeão italiano e da Copa da Itália. Ainda defendeu a Roma.
BARCELONA
O Barcelona já teve cinco jogadores italianos (embora dois deles mereçam asteriscos) e um treinador. Ídolo do Milan, Albertini se aposentou pelo clube catalão após fazer apenas cinco partidas. Um amistoso entre os dois times marcou sua despedida. Também com história nas duas equipes (e ainda na Juventus), Zambrotta esteve por lá, mas levou apenas a Supercopa da Espanha de 2006. Coco jogou no Barça no início da década passada.
O primeiro "asterisco" fica para Thiago Motta. O volante jogou na base catalã e no time profissional como brasileiro. Porém, mais tarde, "acionou" sua cidadania italiana e até atuou pela Azzurra. O segundo, ainda maior, fica para o seu xará Thiago Alcântara. Ele apenas nasceu na Itália, pois seu pai, Mazinho, jogava lá. Toda a sua vida foi dividida entre Brasil e Espanha.
Para fechar a lista, o técnico Sandro Puppo. Ficou apenas uma temporada e não levou título nenhum. Sua maior contribuição foi ter dado espaço para Suárez, aquele que brilhou pela Inter.
REAL MADRID
A Itália foi representada no Real Madrid pela primeira vez em 1996. Fabio Capello teve duas passagens no clube, sendo que levou Panucci. O técnico ficou por apenas uma temporada, duas a menos que o ex-zagueiro. A amizade dura até hoje, tanto que o segundo é auxiliar do primeiro na seleção russa.
Desde a saída de Panucci, levou até 2006 para outro italiano ir para o Real. E mais uma vez, em dose dupla. Cassano e Cannavaro foram para os merengues. O último é Ancelotti, anunciado nesta terça-feira.
