O ataque é ineficiente, o time está mal na classificação da Taça Rio e a torcida critica de maneira contundente. Mas um fator conta a favor de Abel Braga: a história. No jogo contra o Fluminense, neste domingo, o técnico do Vasco é personagem importante da invencibilidade cruz-maltina sobre o Tricolor. Foi somente com o treinador na outra área técnica que o Gigante da Colina sucumbiu. E, agora, ele defende a Cruz de Malta.
Abril de 2017, também pelo Estadual. Aquela foi a última derrota do Vasco para o Fluminense. De lá para cá, dez jogos em que o placar foi de vitória sete vezes, além de três empates. Freguesia que o atual comandante vascaíno tenta manter. Aliás, precisa.
A pressão sobre os ombros de Abel é do tamanho da história do time que comanda. A derrota e a má atuação diante do Goiás, na última quinta-feira, foram somente mais uma da sequência de desempenhos e resultados decepcionantes ao longo das últimas semanas. Ao ponto de o diretor executivo de futebol, André Mazzuco, precisar vir a público na última sexta-feira e bancar o treinador no cargo.
Mas um clássico é um clássico. Uma freguesia é uma freguesia. Os dois times tiveram tempos bons e ruins daquela vitória do Fluminense para cá. O Vasco chegou a disputar uma Copa Libertadores no período, brigou contra o rebaixamento também... teve até virada no último lance, e o final foi, quase sempre, feliz para a torcida da Cruz de Malta.
Como poucas vezes, talvez como nunca, a ampliação da invencibilidade se faz importante para a tranquilidade em São Januário. Abel Braga precisa de paz e o time carece de confiança para a sequência da temporada.