Depois de desapontar na Série B do ano passado, frustrando a expectativa após um retorno muito comemorado, Alex Teixeira renasceu no Vasco e desponta como um dos principais jogadores da equipe. O atacante confirmou a grande fase na goleada sobre o Boavista por 4 a 1 pelo Carioca, na qual conseguiu dois feitos importantes.
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O primeiro foi servir Pedro Raul para abrir o placar para o Cruz-Maltino. Com a assistência, Alex Teixeira passou a ser o maior garçom do time, com três passes decisivos, deixando para trás Lucas Piton e o próprio Pedro Raul. No ano passado, o camisa 7 contribuiu com apenas uma assistência.
O segundo feito, o mais especial, foi o gol marcado, o primeiro em São Januário desde que voltou ao Vasco, em junho do ano passado. Na jogada, Alex Teixeira tabelou com Pedro Raul, que fez o famoso "pivô" e devolveu para o camisa 7. O goleiro defendeu o chute, mas não conseguiu evitar a cabeçada no rebote.
O último gol de Alex Teixeira em São Januário tinha sido marcado na vitória por 2 a 1 sobre o Fortaleza, em 2009. Na ocasião, o Vasco disputava pela primeira vez a Série B do Campeonato Brasileiro. O jogo foi válido pela 14ª rodada da competição e disputado no dia 28 de julho.
Desde que voltou, Alex Teixeira disputou oito jogos em São Januário até marcar contra o Boavista. O gol foi o terceiro do atacante na temporada, superando a anterior, quando ele marcou duas vezes, ambas na vitória sobre o Operário-PR, em Ponta Grossa. Em 2023 o jogador balançou a rede nas vitórias sobre o Botafogo (2 a 0), pelo Carioca, e Inter Miami (3 a 0), em amistoso de pré-temporada realizado nos Estados Unidos.
Apesar de ser um atacante de ofício neste Vasco versão Maurício Barbieri, Alex Teixeira faz também a função de meia-armador, um autêntico camisa 10, mas com liberdade de pisar na área e atacar os espaços pelos lados do campo. As boas atuações fizeram Nenê perder um lugar na equipe, com as comparações sendo inevitáveis. No entanto, Maurício Barbieri afirmou que os jogadores se complementam e elogiou Alex Teixeira, cada dia mais adaptado.
- O Alex vem cada vez mais se adaptando a função, se soltando dentro de campo. Ele tem uma característica diferente do Nenê. Ele arrasta mais a bola, enquanto o Nenê é mais de armação, da bola parada. Eu acho que eles se complementam, como contra o Botafogo, que eles jogaram juntos, ou podemos usar os dois, em partes diferentes do jogo, para manter uma intensidade alta por 90 minutos. São possibilidades que cada um me dá e tenho diferentes soluções para utilizá-los da melhor maneira - explicou Barbieri.
No próximo domingo, o Vasco tem pela frente o clássico com o Flamengo, no Maracanã, um reencontro para Alex Teixeira. O atacante já marcou gol sobre o Rubro-Negro, adversário que enfrentou cinco vezes, com três derrotas, um empate e uma vitória, justamente no último confronto, pelo Carioca de 2009.