Demorou sete jogos, mas aconteceu. Payet, enfim, desencantou pelo Vasco ao marcar o primeiro gol e garantir os primeiros três pontos para o time, na vitória sobre o Fortaleza por 1 a 0, em São Januário. Mais do que decidir, o camisa 10 provou que pode ser muito útil, desde que seja utilizado na posição correta.
Com a entrada de Rossi no intervalo da partida, Payet saiu da ponta esquerda, passou a jogar centralizado e mais perto da área. Dessa forma, demorou apenas 13 minutos para marcar, ao receber na altura da meia-lua, arrastar a marcação e chutar de canhota (que não é a boa), provando que o camisa 10 é um meia, e não um ponta.
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Payet é inteligente, articula bem o jogo, tem habilidade e sabe driblar. No entanto a aceleração para passar por um marcador não pode ser confundida com velocidade. O camisa 10 tem 36 anos e não possui o fôlego de Gabriel Pec, por exemplo, que consegue longas arrancadas, mas a explosão ainda está presente no camisa 10.
Aberto na ponta, o máximo que Payet pode fazer é tirar da marcação e cruzar na área. Por dentro, o camisa 10 tem a finalização e também o passe que vai deixar o companheiro em boa condição de chutar ao gol. Contra o Fortaleza isso aconteceu, com o francês servindo Praxedes na medida, após ter a bola dominada na entrada da área.
Além do gol, a partida contra o Fortaleza foi a que Payet jogou por mais tempo pelo Vasco. O meia foi substituído aos 30 do segundo tempo, um indício de que a cada dia está mais próximo da condição física ideal. É nítido que o francês tem muita qualidade e tecnicamente sobra no elenco do Vasco. Agora a missão de Ramón Díaz é achar um espaço no meio-campo para o camisa 10, porque ponta ele não é.