A derrota para o São Paulo por 4 a 2, no Morumbi, escancarou a crise no Vasco. O time chegou ao sexto jogo sem vencer e corre o risco de entrar na zona de rebaixamento em caso de vitória do Corinthians ou Cuiabá. O cenário é desanimador tendo em vista que o Cruz-Maltino foi superior ao Tricolor em boa parte do jogo, mas para isso teve que jogar no seu limite, enquanto o adversário construiu a vitória sem muita força.
O São Paulo não mostrou contundência, mas foi eficiente nas poucas vezes em que atacou, principalmente pela fragilidade defensiva do Vasco. Os quatro gols aconteceram por falhas coletivas, mas também em erros individuais, escancarando a falta de confiança de alguns jogadores, como Puma Rodríguez e Robson, que estão empilhando atuações irregulares.
+ Confira os jogos e a classificação do Campeonato Brasileiro
A falta de criação do Vasco é um problema desde o início da temporada, mas agora ela está acompanhada por um sistema defensivo ineficaz. O Cruz-Maltino foi vazado em todos os jogos do Campeonato Brasileiro, um fato preocupante, já que o ataque não é confiável. Portanto, para vencer é necessário achar um equilíbrio, mas isso passa por mudanças que Maurício Barbieri parece não estar disposto a fazer.
Contra o São Paulo, Barbieri repetiu a escalação que iniciou o jogo contra o Santos. Dessa forma, o Vasco foi para o intervalo no Morumbi perdendo por 2 a 1. Na segunda etapa, Alex Teixeira voltou no lugar de Barros, e o time passou a jogar no 4-2-3-1, com dois volantes, Jair e Galarza. Dessa maneira o Cruz-Maltino produziu várias chances e poderia ter marcado no primeiro minuto, com Gabriel Pec, mas o empate ocorreu apenas aos 38 minutos com Galarza, que, enfim, fez valer a confiança depositada pelo treinador.
Só que a comemoração dos vascaínos durou pouco, já que o São Paulo marcou dois gols em 10 minutos, novamente em falhas coletivas e individuais. Até o jogo contra o Fortaleza, o Vasco terá mais uma vez a semana cheia para treinar e para Barbieri pensar. O momento coletivo é ruim, mas o individual é ainda pior.
Vale mudar, oportunizar alguns jogadores até para preservar outros. Por que não utilizar Capasso no lugar de Robson, já que o clube se esforçou (e gastou) tanto para contratá-lo? Por que não testar Paulo Henrique no lugar de Puma Rodríguez, já que o uruguaio não está em um bom momento? Por que não soltar mais o time, oportunizando o talento de Orellano e Alex Teixeira? As alterações podem não dar certo, mas a manutenção da base também não está.