No segundo grande desafio do ano, o Vasco novamente deixou a desejar e preocupar a torcida. Apático e totalmente desorganizado, o time deixou verdadeiros latifúndios, que foram explorados pelo Fluminense, no Nilton Santos. Com um primeiro tempo preocupante, foi amplamente dominado pelo rival, que atuava com reservas, já que terá uma decisão na terça contra o Millonários, pela Libertadores.
Para a partida, o técnico Zé Ricardo contou com a volta de três jogadores titulares: Nene, Juninho e Bruno Nazário. Com a formação mais utilizada até aqui, se esperava um Vasco combativo, que trabalhasse bem a bola, mas nada disso foi visto. Desde o primeiro minuto, o time teve muita dificuldade em dar sequência às jogadas e ficou nas cordas diante de um rival com um grupo mais forte, organizado e compactado.
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Não demorou muito para o Tricolor levar perigo ao gol vascaíno e abrir o placar. Logo a "Lei do ex" deu o ar da graça, e Cano teve liberdade para iniciar a tabela e receber em condições de finalizar no canto. Na jogada, quatro atletas da defesa cruz-maltina foram envolvidos e simplesmente não fizeram o desarme ou evitaram o chute.
O lado mais vulnerável era o direito com Bruno Nazário e Weverton. O meia, que segue atuando fora de sua posição de origem, não conseguia ser efetivo e consistente na recomposição, e o lateral novamente mostrou sua dificuldade na marcação. Pineida teve espaço não só para construir, como para estufar a rede, mas finalizou mal.
Descompactado, o Vasco não demonstrava força para reagir, e Ganso estava inspirado. O meia tricolor ficou solto, sem marcação, e mostrou o talento que tem no passe. Criou lances de perigo e deu duas assistências. Jhon Arias por pouco não ampliou, mas o assistente assinalou impedimento. E o segundo gol nasceu de uma cobrança de escanteio do camisa 10 para Nonato escorar no fundo da meta vascaína.
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No primeiro tempo, apenas a bola parada de Nene levou algum perigo ao gol adversário. Fora isso, o time não criou absolutamente nada e apenas assistiu ao adversário. Pelo lado tricolor, Martinelli e Cano finalizaram novamente, mas foi a vez de Thiago Rodrigues mostrar serviço. O goleiro foi o único que se salvou na péssima atuação da equipe e mais uma vez se destacou.
O desejo da torcida era de ver mudanças na volta do intervalo, mas Zé Ricardo voltou com o mesmo time. O Vasco até que tentou buscar o jogo, mas nitidamente as carências do elenco e a falta de entrosamento atrapalhavam qualquer ambição. Mesmo com o placar favorável e diminuindo o ritmo, foi o Fluminense que por pouco não ampliou e o arqueiro cruz-maltino apareceu de novo à queima roupa.
O técnico vascaíno apostou em Sánchez e Getúlio na frente, mas foi Weverton quem tentou de longe e obrigou Marcos Felipe a espalmar. Zé Gabriel, o estreante Luiz Henrique e até o jovem Andrey Santos entraram, mas o time não teve poder ofensivo para cogitar pelo menos descontar. Uma atuação que liga o sinal de alerta para a necessidade, já conhecida, de reforços, que podem chegar se a SAF for aclamada e a 777 Partners controlar o futebol na Colina - o empréstimo-ponte de R$ 70 milhões já foi aprovado.
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Depois de ter uma semana livre, o Vasco terá pela frente uma decisão na Copa do Brasil e um "Clássico dos Milhões". Zé Ricardo sabe que o time precisa apresentar algo diferente diante da Ferroviária, em Araraquara, para garantir a vaga na próxima fase. No domingo, o encontro com o maior rival, Flamengo, depois da vitória do ano passado.