Confirmado como segundo reforço do Vasco nos últimos minutos de quinta-feira, o atacante Muriqui foi o primeiro reforço de 2017 apresentado pelo clube, na tarde desta sexta-feira, em São Januário. De volta a Colina após 12 anos, Muriqui exaltou a grandeza da instituição e espera por um bom ano.
Muriqui assinou contrato com o Vasco válido até maio de 2018. O atacante já vem utilizando a dependência do Caprres (Centro Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo do Vasco) e treina com o grupo desde quinta-feira. A estrutura, porém, ele garante não ter sido diferencial.
– Independente da estrutura, isso aqui é Vasco. Um clube tradicional. Hoje está mais estruturado em comparação com minha primeira passagem aqui em São Januário, mas, mesmo se não tivesse, meu desejo seria voltar a defender o clube. Deu certo. Tenho objetivos e quero ser campeão aqui – garantiu o atacante.
Aos 30 anos, Muriqui tinha um pré-contrato com o FC Tokyo, do Japão, com validade para os próximos dois anos. Mas uma entorse no joelho fez com que voltasse para o Brasil para se recuperar. Destaque do Guangzhou Evergrande, da China, ele destacou o amadurecimento que conseguiu na ocasião por lá:
– Amadureci bastante no período da China. Antes, eu me preocupava mais em dar assistência. Mas minha função requer gol. Meus números melhoraram. Tenho jogado mais aberto pelo lado esquerdo, ou então centralizado. Vez ou outra eu jogava de centroavante, mas quando não tinha outro disponível.
Muriqui estará junto com o elenco que irá disputar a Flórida Cup. A viagem da delegação do Vasco para os Estados Unidos está programada para quarta-feira.
BATE-BOLA
MURIQUI
NOVO ATACANTE DO VASCO
‘Senti que eu era prioridade para o Vasco’
Está motivado?
Estou bastante motivado. Minha vontade era de voltar a jogar no Brasil. Havia um pré-contrato com outro clube, mas eu queria estar no país. Aguardei algumas coisas chegarem, e minha preferência foi jogar no Rio. Fui procurado por outra equipe, mas quando conversei com o Anderson Barros, senti que eu era prioridade para o Vasco. Sou um jogador mais maduro, diferente do que fui no passado. Estou preparado
Como era a vida na China?
Na China, eu comia arroz e feijão. Fazia um estoque sempre (risos). Era uma mala só disso. Mas também tinham restaurantes e hotéis. Nunca tive problema com isso. Os chineses comiam escorpião, cobra (risos)... mas eu estava fora disso.
Você chega ao Vasco em um setor que sofreu em 2016, que é o ataque. Como é a responsabilidade? E como está sendo o primeiro contato com os companheiros?
Todos têm responsabilidade, não só o ataque. Precisamos colaborar um com o outro e temos que levar isso para dentro de campo. Ninguém é salvador da pátria, mas tenho certeza de que posso dar minha contribuição nesse setor. Meu primeiro contato foi ótimo, já estou me sentindo em casa. Na medida do possível vou conhecendo todos.
O seu filho se acostuma com as mudanças de países?
Ele tem três anos e nove meses, mas a mudança dele é muito visível. Ele nasceu na China, morou no Qatar e no Japão. Então, não sabe falar nada (risos). Agora acho que ele está gostando de estar no Brasil.
E a vida em Muriqui?
Muriqui é uma cidade que já foi muito mais tranquila. Eu já fui “pipa voada”, mas estou muito mais tranquilo agora (risos).
Como vê a cobrança?
Cobrança tem em todo lugar, isso não muda. É normal em clube grande. O Vasco sempre entra com pensamento de vencer.