O Vasco apresentou, na tarde desta sexta-feira, os dois primeiros reforços para a sequência da temporada. Num hotel na Zona Oeste do Rio e com André Mazzuco, diretor executivo de futebol do clube, os recebendo, o volante Richard, que chega emprestado pelo Corinthians, e o meia Marquinho, que estava no Athletico-PR, disseram as primeiras palavras vestindo a camisa cruz-maltina. Ambos com vínculo até dezembro, e afirmando quererem ajudar na evolução do Cruz-Maltino.
- Acho que nunca me motivei tanto quanto agora. Dentro e fora de campo, temos que fazer a diferença. Mais pela experiência, até porque politicamente que o clube não está bem, para não deixar refletir em campo. O extracampo não interessa. As pessoas se importam mais com o time estar ganhando ou não - analisa Marquinho, de 32 anos.
Aos 25, Richard se destacou no Fluminense entre 2017 e 2018 e rumou para o Timão. Contudo, a falta de oportunidades com o time titular lhe fez querer mudar de ares. Elogiado pelo diretor André Mazzuco pela força física, ele deverá brigar por posição com Raul, mas parece chegar ciente da concorrência.
- Quero deixar claro que eu quem pedi para sair. O Luxemburgo me deu essa moral de estar aqui e ter sequência, mas depende muito de mim estar bem. Vim buscar novos ares, novas oportunidades - admitiu.
No caso de Marquinho, dois fatos se destacam na chegada do experiente meio-campista, que teve maior destaque na carreira durante a primeira dele passagem pelo Fluminense, entre 2009 e 2011: ele ficou um ano e oito meses parado após graves lesões no joelho direito durante a segunda passagem no Tricolor. Teve chance no Athletico-PR para esta temporada e, agora, reencontra Leandro Castan.
A dupla desenvolveu forte amizade nos tempos de Roma, da Itália. Tanto que o meia admite a influência do zagueiro para a assinatura do contrato que deve torná-lo referência do meio-campo vascaíno. E avisou, em tom de brincadeira, que o camisa 5 vai precisar se mudar de casa.
- Estou expulsando ele da minha casa, ele estava morando lá de aluguel (risos). Criamos uma amizade muito forte. A gente gostava de ficar mais fora do clube. O treinador não gostava muito de brasileiros, mas enfim... ele falou: "Vim para o Vasco como propósito de jogar de novo". E ele virou o que é hoje. Ele é uma referência no time. Quando eu falei que poderia vir, ele disse: "Por favor, venha. Jogadores, funcionários, todos têm um clima legal. Sua cara." Pesou bastante na decisão - explicou.
Richard recebeu a camisa 25. Já Marquinho vai atuar com o número 8 às costas.