Após um longo período sem jogos oficiais, o Vasco entrou em campo para estrear no Campeonato Brasileiro. O Cruz-Maltino construiu a vitória, diante do Atlético-MG, logo nos primeiros minutos da partida. Já no segundo tempo, sofreu para segurar o ímpeto do Galo. Mesmo assim, o trabalho da equipe tem que ser exaltado, tendo em vista que a atmosfera era favorável ao adversário. É o que pensa o técnico Maurício Barbieri.
- É um resultado fantástico. Uma estreia excepcional dentro do que a gente queria. Conversei sobre o Vasco ser uma equipe competitiva, de muita entrega e luta, de conseguir competir. Eu acho que a gente fez isso muito bem. Respeito a avaliação do Coudet, até porque ele acompanhou todos os jogos do Atlético-MG no ano. Eu não acompanho, eu acompanhei os recentes. A gente fez 2 a 0 e tivemos possibilidade de fazer mais gols. Tivemos boas chances de ampliar o placar. Entendo que o gol deles no final do primeiro tempo foi um critério do árbitro. Não achei que foi falta, achei que já tinha acabado o tempo. Depois no segundo tempo tivemos mais dificuldades para sair e ficamos mais ansiosos. Mas nos defendemos bem dentro do que estudamos e da proposta que a gente tinha. Fizemos as trocas com os meninos novos, que tiveram um comportamento excepcional. Jogaram aqui, contra um grande adversário, um estádio a favor do adversário. Eles tiveram um comportamento incrível. Então, neste momento estou muito satisfeito com o desempenho, resultado e com a postura de todos os jogadores - enalteceu Barbieri.
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O conjunto do Vasco se destacou na primeira rodada. No entanto, dois personagens foram decisivos para a conquista dos primeiros três pontos na competição: Léo Jardim e Gabriel Pec. O goleiro fez defesas milagrosas. Sobretudo, no segundo tempo. Já o atacante, contribuiu com a assistência para Andrey Santos e fez o segundo gol. Barbieri destacou a atuação dos jogadores.
- (Léo Jardim) Partida irretocável. Fantástico. Ele precisava de mais um jogo assim. Isso demonstra o quanto ele é importante para nós. Todos são importantes, mas ele tem uma importância fundamental. É um cara que no dia a dia trabalha demais, a gente acompanha e toma as decisões baseadas no trabalho do dia a dia, que muitas vezes vocês (imprensa) não conseguem acompanhar. Mas existe critério, trabalho, avaliação para a gente tomar as decisões. Fico muito feliz pelo Léo e pela partida que ele fez - avaliou o treinador. E completou falando sobre o atacante:
- O Pec estava brincando que a bola tinha entrado direto no primeiro gol e que no Andrey não teria tocado e ele queria ter feito o gol. Acho que ele vem fazendo um ano muito bom. É até importante a gente falar isso às vezes. O externo rotula muito as pessoas. Como se nós fossemos seres imutáveis, como se gente não evoluísse e não desenvolvesse. A gente não pudesse atingir outras dinâmicas e crescer com o passar do tempo. Acho que o Pec é um dos meninos mais experientes. Acabou subindo antes, mas ainda é um menino e vem crescendo ao longo do ano. Tem nos ajudado bastante fazendo gols, ajudando na marcação e tem uma capacidade e intensidade importante. Fico muito feliz por ele ter dado uma assistência e feito um gol. Mas eu não queria individualizar. Uma das coisas que a gente conversou bastante para vencer o jogo é que nós teríamos que ser uma equipe muito forte. E foi isso que a gente fez. Todo mundo marcando, todo mundo se entregando. Quando a gente tinha a bola, a gente procurava atacar, procurava ser vertical. O Puma até exagerou algumas vezes passando no segundo tempo. Mas acho que é uma estreia muito positiva e que a gente tem que continuar trabalhando para que seja só o começo.
Outro ponto que pode ter pesado para o triunfo do Vasco foi o desgaste. O Cruz-Maltino só tem o Campeonato Brasileiro pela frente, enquanto o Atlético-MG também disputa a Libertadores e a Copa do Brasil. Para o comandante vascaíno, esta questão pode ter influenciado, mesmo com o Galo utilizando o que tem de melhor.
- Acho que no começo do jogo, o que funcionou muito bem foi a estratégia e a leitura que a gente tentou aplicar para o jogo. Em que a gente podia roubar as bolas, como a gente podia explorar. Porque até os 20, 30 minutos, eu acho que o desgaste ainda não aparece. Mas para o final do jogo talvez sim o Atlético-MG tendo o domínio não conseguiu ter tanta clareza e tomar boas decisões. É possível que isso tenha acontecido. Mas eles vinham alternando bastante a equipe e eu acho importante frisar isso. Pelo o que eu acompanhei dos jogos importantes, o Atlético-MG entrou com a força máxima. Colocaram e a gente conseguiu fazer frente e conseguiu ter um resultado. Acho que este desgaste começa a aparecer no decorrer da sequência de jogos. Pode ser que isso apareça na terça-feira para eles ou daqui uma, duas ou três semanas tenha um peso mais importante. Hoje, eu acho que o Vasco foi o justo e merecedor do confronto.
Agora, o Vasco enfrenta o Palmeiras na segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto será no domingo, às 16h, em local ainda a ser definido. Isso porque o Cruz-Maltino travou uma batalha judicial com Flamengo e Fluminense para poder jogar a partida no Maracanã.