O Vasco teve um início de jogo fulminante e promissor contra o Fluminense. Logo cedo abriu o placar, mas no segundo tempo cedeu o empate. O técnico Maurício Barbieri gostou do que viu em campo, sobretudo, a postura defensiva do Cruz-Maltino.
- Acho que começamos o jogo muito bem, não digo só pelo gol cedo, mas porque foi uma situação estudada e trabalhada de conseguir encaixar essa pressão. Sabíamos o lado pelo qual eles saíam e conseguimos fazer o gol. Depois a gente conseguiu se defender bem, mas não conseguiu ligar tanto os contra-ataques no primeiro tempo. É normal, pelo tipo jogo de Fluminense, você acabar tendo que ceder um pouco de espaço a eles e se resguardar um pouco a mais, senão o jogo vira uma loucura - disse Barbieri. E completou a análise:
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- Acho que fizemos isso bem, temos alguns detalhes para corrigir. A gente tentou corrigir no segundo tempo e acabou levando um gol numa situação que a gente falou e trabalhou. Mas, enfim, acontece. A gente vinha perdendo força no segundo tempo, tomou um gol. Depois, com as trocas, a gente teve mais oportunidades de gols do que no primeiro tempo explorando o espaço que eles iam oferecer da forma que se atiram. Acho que é um ponto ganho para o Vasco e um ponto ganho para o Fluminense também. É um adversário que é candidato a título, mais um campeão estadual que enfrentamos. Enfrentamos quatro campeões estaduais. Ponto importante que conquistamos.
Questionado sobre as substituições, Barbieri disse que a ideia era recompor a equipe. Isso porque diversos jogadores se cansaram pelo forte ritmo que o rival imprimiu. Explorar o contra-ataque também era uma das ideias do técnico do Vasco.
- A gente ajustou o posicionamento, mas alguns jogadores apresentaram cansaço. A saída do Andrey foi por isso. O lado mais forte do Fluminense é o direito, onde o Arias gosta de jogar e o Cano encosta ali. Andrey joga ali e teve dificuldade. As outras trocas foram nesse sentido, de explorar os espaços que eles iam oferecer. O jogo se desenhou para as característica dos jogadores da gente recompor mais e saber aplicar o contra-ataque. O Erick Marcus podia jogar, mas era um jogo que entendi que não encaixava tanto com o perfil dele. O Eguinaldo pode jogar de 9 e nas beiradas, e quis aproveitar isso - explicou o técnico do Vasco.
Por falar em substituições, o argentino Luca Orellano foi um dos jogadores que os vascaínos queriam ver em campo. No entanto, na opinião de Barbieri, as características que se apresentavam na partida não pedia a entrada do atacante.
- Pela característica. O Pec precisou descer até a última linha. E isso foge da característica do Luca. Como era um jogo que a gente precisava priorizar velocidade e o jogo pelo alto, isso foge um pouco da característica do Luca. Mas todos são importantes, o Luca e o Erick. A gente tem um grupo dedicado. Se defendeu bem. As chances do Fluminense foram de fora, como o chute do Nino, ou bolas cruzadas, mas a gente conseguiu fechar os espaços. Faltou só ligar os contra-ataques - disse.
Maurício Barbieri também falou do desempenho de Léo Jardim. O goleiro teve uma atuação de gala e salvou o Vasco de sofrer a virada.
- O Léo vem muito bem, a gente internamente nunca teve dúvida sobre a capacidade dele. O Ivan entrou muito bem, tinha uma demanda grande por uma oportunidade para ele. Quando chegar o tempo dele (Ivan), também vai corresponder. O Léo faz um grande campeonato, assim como todos eles.
O próximo desafio do Vasco no Campeonato Brasileiro será contra o Coritiba. A partida será na próxima quinta-feira, às 19h, no Couto Pereira.