O Vasco faz a primeira prova de fogo no ano neste domingo. No caso, o clássico contra o Fluminense. Às vésperas do confronto, o técnico Maurício Barbieri concedeu entrevista coletiva no CT Moacyr Barbosa. O treinador indicou qual goleiro deve ser o titular, falou sobre a preparação e desconversou sobre o zagueiro Manuel Capasso.
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- O Léo (Jardim) estreou muito bem contra o Nova Iguaçu. O Ivan veio de uma sequência muito positiva. A tendência é que a gente dê uma sequência ao Léo também, da mesma maneira que a gente fez com o Ivan. São dois grandes goleiros e eu fico muito satisfeito em termos os dois para a posição - pontuou Barbieri. E completou:
- Em linhas gerais é mais um adversário. Mas é claro que os dias que antecedem um clássico, seja qualquer clássico, são dias em que o ambiente e atmosfera têm outro ar. Os jogadores gostam desses jogos. São pesados, desafiadores e existe uma motivação diferente. É pegar o último jogo, acertar as coisas, fazer uma leitura boa do próximo adversário e tentar estabelecer as estratégias que temos para no domingo fazermos um grande jogo. Temos uma desvantagem que é um dia a menos de recuperação. Mas nem por isso vamos entrar menos focados ou motivados.
Questionado sobre o zagueiro Manuel Capasso, Barbieri preferiu não comentar a situação. Isso porque o jogador ainda não é efetivamente atleta do Vasco. No entanto, a negociação foi finalizada com o Atlético Tucumán e o argentino tem data para se apresentar - confira aqui.
- Esse jogador não é efetivamente atleta do Vasco. Não tenho como fazer avaliação ou falar sobre ele. É uma questão que está com a direção. Estou com a cabeça no jogo de domingo e nos jogadores que eu tenho à disposição.
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EXPECTATIVA PELO PRIMEIRO CLÁSSICO
- É um jogo desafiador, um clássico. Sabemos a proporção que todos os clássicos têm. Estamos animados e motivados para jogar este grande jogo. Estamos com a expectativa de buscar a vitória que é o nosso desejo.
IMPORTÂNCIA DO PRIMEIRO CLÁSSICO
- É um jogo importante pela história dos confrontos e dos dois clubes. Não é um jogo qualquer, nem só mais um jogo. Dentro do processo de desenvolvimento e crescimento da equipe, é só mais uma etapa. Etapa desafiadora. A eventual consequência de um resultado tem muito mais a ver com expectativa externa do que com a avaliação interna. Seja para o bem ou seja para qualquer outra situação. A gente conquistando a vitória não quer dizer que somos a melhor equipe do Brasil e, caso esse resultado não seja a vitória, não vamos jogar tudo para o ar. Vamos analisar com frieza e critério.
INTERFERÊNCIA DO RESULTADO DO CLÁSSICO NO PLANEJAMENTO
- Todos os jogos são parâmetro de avaliação. Não só de resultado, mas também de desempenho. Toda vez que a gente tiver uma partida que o rendimento não tenha sido satisfatório, a gente tem que voltar e fazer a análise. O jogo contra o Fluminense é mais um jogo neste processo. É um clássico, um rival, um adversário que traz ao jogo uma outra conotação e atmosfera diferente. Mas em relação ao processo de desenvolvimento de equipe e construção, é mais uma etapa que temos que enfrentar.
DUELO CONTRA FERNANDO DINIZ
- O Diniz vem fazendo bons trabalhos nos últimos anos. Acho que nesse momento, a principal diferença é que do lado de lá existe um trabalho consolidado e nós estamos num processo de desenvolvimento, de estruturação, de forma de jogar e de formação de elenco. Não vou dizer quais os pontos que vamos abordar, mas claro que temos que ter uma atenção. Especialmente, porque é uma maneira singular e única dentro da realidade do futebol brasileiro. Temos que estar atentos. É como enfrentar qualquer outra equipe. Minimizar ou deixar eles fora daquilo que os deixam confortáveis e tentar também explorar nossos pontos fortes.
- É um grande treinador e faz um grande trabalho no Fluminense. Fez outros grandes trabalhos no futebol brasileiro. Tem uma maneira peculiar de trabalhar e fazer as suas equipes jogarem. É um desafio importante enfrentar os times que ele monta.
DESAFIOS NA REMONTAGEM DO ELENCO
- Difícil elencar os maiores desafios. Existem muitos desafios nessa reformulação e neste início de processo de trabalho. Tem o desafio da formatação do elenco, que ainda está em aberto. Temos o desafio de encontrar uma maneira e uma forma de jogar. Fazer com que todos os jogadores entendam uma maneira e, depois, fazer com que os novos se adaptem a isso. É algo que não é fixo. Não consigo dar etapas fixas de tempo, dias ou período. Desenvolvemos juntos. Tem o desafio da expectativa externa, porque ela é enorme. As coisas não acontecem da noite para o dia. Precisamos de tempo, ajustar, estabelecer uma rota e, se for possível, encontrar novos caminhos ou fazer desvios para corrigir situações que possam acontecer. Nosso desejo é fazer um grande ano, mas precisamos manter os pés no chão e manter a cabeça no lugar.
OPÇÕES NO ELENCO
- Acho que tenho opções. Claro que todo treinador quer mais opções sempre. Temos um número, mas estamos trabalhando para ter mais opções. Preciso conhecer mais os jogadores também. Muitas vezes a minha avaliação pode ser de que um jogador cumpra uma função e, no dia a dia, os treinamentos vão me mostrando que ele é capaz de ter uma versatilidade maior ou menor. Estou nesse processo de conhecer os jogadores.
MARLON GOMES
- O Marlon vinha fazendo um Sul-Americano espetacular. A lesão preocupa a gente, não é algo que a gente gostaria. O meu desejo é de contar com o Marlon, mas é claro que entendemos a importância dele defender a Seleção. Não só para ele, pessoalmente, mas para a Seleção. É uma valorização do trabalho de todos que estão aqui. O Marlon atuou muitas vezes aberto e é uma função que ele pode exercer. Comigo ele também chegou a jogar assim, mas acho que ele rende mais por dentro. Seja recuado ou mais à frente.
VASCO CONTINUA ATRÁS DOS RIVAIS?
- Sem dúvidas eles têm um trabalho mais consolidado. Às vezes fica a impressão que a chegada de jogadores por si só ou um tempo de permanência deles juntos fazem ou contribuem para a consolidação do trabalho. Isso é uma parte do processo. Você precisa desenvolver e trabalhar os jogos com aquela equipe e grupo fechado. Por mais que eu treine e fale, ninguém no mundo consegue comprar experiência. Você precisa passar por elas e vivenciá-las para depois fazer os ajustes, crescer, desenvolver e, nesse sentido, temos o grupo que ainda está no processo inicial.