Campello classifica manifestação como ‘estranha’ e presta queixa

Presidente do Vasco conversou com os jornalistas abordando invasão de cerca de 40 torcedores no treino da equipe em São Januário. Ele não descarta influência política

imagem cameraDavid Nascimento/Lancepress
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Lance!
Rio  de Janeiro (RJ)
Dia 04/05/2018
13:56
Atualizado em 04/05/2018
23:16
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A sexta-feira está conturbada no Vasco. Nesta manhã, cerca de 40 torcedores invadiram o treino da equipe no Complexo Esportivo de São Januário, paralisaram a atividade comandada pelo técnico Zé Ricardo e uma confusão generalizada foi instaurada. Disparos de arma de fogo foram ouvidos dentro do estádio. O presidente Alexandre Campello foi bastante hostilizado. Já no período da tarde, o mandatário conversou com os jornalistas e classificou a manifestação como "estranha". À noite, ele compareceu na 17ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro e prestou queixa para que o caso seja investigado.

- Acho que o assunto deixou de ser o jogo e passou a ser essa manifestação da torcida. Eu acho que temos de analisar da seguinte maneira: temos uma equipe que tem se mostrado competitiva e terminou 2017 na Libertadores. Chegou à final do Carioca neste ano. Na Libertadores, passamos pelas duas fases iniciais e não fomos bem na fase de grupos. Acho que isso pode ser, sim, algum motivo de insatisfação da torcida, mas acho que essa manifestação é minimamente estranha - afirmou para completar:

- A eleição não acabou para alguns. Lamentavelmente, isso é nocivo ao Vasco. Pessoas que se dizem vascaínos. O momento é de união, tenho pregado isso. Escrevi isso na minha carta do balanço. Isso só dificulta a retomada do Vasco. Vou à Polícia para apurar quem são os responsáveis, quem movimentou tudo isso. Existem áudios, prints... Acho que a Polícia tem como buscar os responsáveis por esse fato. E eu tomarei todas as medidas que isso não volte a acontecer.

Neste sábado, o Vasco recebe o América-MG às 19h em São Januário pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Alexandre Campello adotará as medidas necessárias para reforçar a segurança da partida. Ele aproveitou a oportunidade para falar também do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), que para ele deveria atuar de uma melhor forma. Na eliminação para o Cruzeiro na Conmebol Libertadores, na última quarta, bombas de gás de pimenta foram usadas pelos policiais para conter os protestos nas arquibancadas.

- O jogo deste sábado deveria ser tranquilo, mas nós vamos tomar todas as medidas necessárias para dar segurança os jogadores, comissão técnica, torcedores e profissionais que trabalham neste evento. Todas as medidas necessárias, nós vamos tomar. Vou tomar as medidas necessárias para corrigir. Vou pedir que todos os fatos sejam apurados - comentou o mandatário cruz-maltino antes de concluir:

- O Gepe é o responsável pelo policiamento do jogo. Eu entendo que eles devem estar atentos. Acho até que a maneira de atuação do Gepe precisa ser repensada. O que aconteceu no jogo contra o Cruzeiro e também naquela partida contra o Flamengo parece não ser prudente e coerente com a atuação da polícia. Jogar bomba de gás e outras medidas são desproporcionais aos acontecimentos. Acho que elas devem ser repensadas e cabem ao poder público poder fazer isso.

*Atualizado às 20h37

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