O Vasco vive, após o Campeonato Carioca e a eliminação precoce na Copa do Brasil, momento de ajuste nos elencos. E a montagem do elenco passa pelo segundo momento: primeiro, resetar um elenco com orçamento reduzido; agora, compor, como possível, nas posições em que as lacunas não haviam sido preenchidas ou as expectativas não foram atingidas. Mas o principal responsável pelo processo, o gerente geral de futebol Carlos Brazil, se equilibra entre o que pode e o que a torcida deseja.
- A expectativa e a realidade. Sempre falamos isso. Criam-se expectativas e cobram-se essas expectativas. Sempre fui muito sincero com o torcedor, com a diretoria, com todos que trabalhei, com a imprensa e não posso deixar de ser sincero nunca - afirmou Brazil na entrevista exclusiva concedida ao LANCE!. Esta é a sexta e última parte. Você pode ler as demais em links pouco abaixo.
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Mais de 20 jogadores deixaram o clube. Foram contratados para o primeiro trimestre 15 jogadores. Uma reformulação como poucas vezes se viu no Vasco. E o saldo de aproveitamento dentre os que chegaram a São Januário, para o dirigente, foi positivo.
- Dentro da realidade financeira do clube, dentro do que se pôde fazer, trouxemos jogadores extremamente comprometidos com o projeto. Isso era o que tínhamos de mais importante. Você lembra que, no início, muito se falou que o Vasco vinha com atrasos salariais constantes. Muitos jogadores tinham insegurança de jogar no Vasco. Nós recebemos, realmente, muitas negativas. O Zé Ricardo chegou a falar sobre isso em entrevista, eu cheguei a falar sobre isso em entrevista. Foram muitas negativas por conta dessas dificuldades financeiras do Vasco - admitiu Carlos Brazil, que detalhou as dificuldades.
- Precisávamos trazer jogadores de forma gratuita, que viessem por salário (sem alto valor para transferência). Esse número de jogadores já é reduzido, não é tão amplo. E à medida que o tempo passa, esse número de jogadores se reduz porque, evidentemente, tem outros clubes querendo esses que vêm de forma gratuita. Então, é evidente que você tem um leque maior no início do ano e um leque menor à medida que o tempo passa - observou.
METAS PARA O ANO E SUGESTÃO À CBF
É óbvio que o principal objetivo da temporada do Vasco é fazer uma campanha, na Série B do Campeonato Brasileiro, que garanta o retorno do time à elite nacional. Mas como o departamento de planejou planejou a chegada até a competição mais importante para o time.
- Sabíamos das dificuldades que teríamos no início do ano. Quais eram os nossos objetivos? Preparar a equipe, ver as deficiências para corrigi-las e estar na semifinal do Campeonato Carioca, no mínimo, porque isso seria muito importante para fazermos jogos grandes. Esses jogos grandes nós sabíamos que seriam jogos muito difíceis para o Vasco, mas dariam confiança, know-how, casca para esses jogadores chegarem na Série B. E esperávamos chegar, na Copa do Brasil, muito mais longe do que chegamos. Pelo menos como meta era chegar nas oitavas de final. Houve uma fatalidade - lamentou Carlos Brazil.
O Cruz-Maltino foi eliminado pela Juazeirense na segunda fase da Copa do Brasil, numa disputa por pênaltis após empate no tempo regulamentar. O gerente geral do Vasco não culpa a circunstância, mas deixa uma sugestão à CBF.
- Não poderíamos ser eliminados da Copa do Brasil, mas aconteceu. Agora, cabe uma crítica construtiva ao regulamento que a CBF fez: temos um ranking. E para que serve o ranking? Ainda que se queira fazer uma Copa do Brasil com vários clubes - e eu acho que essa competição é bem democrática porque dá oportunidade de muitos clubes do Brasil participarem - há de se ter uma valorização da competição procurando respeitar os clubes melhores ranqueados. Não pode, na minha opinião, na primeira e segunda fases ser sorteio. A vantagem de jogar em casa tem que ser do clube melhor ranqueado, na minha opinião. E é apenas uma opinião - analisou, antes de explicar:
- Acho que isso precisa ser estudado pela CBF alguma modificação nesse sentido ou que, pelo menos, se fiscalize os campos e os vestiários. Com todo respeito à equipe da Juazeirense, mas nosso vestiário era um contêiner. Não pode um clube que investe milhões por mês ficar num vestiário container. Só fizemos um voo mais adequado porque fretamos um voo. Numa cidade que só tem dois hotéis. Dois hotéis. E que estavam lotados. Não conseguimos colocar a delegação no mesmo hotel. E a CBF precisa cuidar disso, entender essas coisas. O campo sem nenhuma qualidade. Nenhuma qualidade - relembrou.
-> Confira a tabela da Série B do Campeonato Brasileiro