A curiosidade em torno da possível irregularidade que acabaria rebaixando o Vasco é que o pivô da polêmica é um personagem minimamente secundário no ano cruz-maltino. A presença de Clayton estaria infringindo, possivelmente, dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e isso gerou conversas, na última segunda-feira, entre dirigentes de clubes envolvidos na briga contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O LANCE! lembra a breve história do jogador no clube de São Januário até aqui, e antecipa os próximos passos da carreira do atleta.
TABELA
> Confira a classificação e o simulador do Brasileiro clicando aqui
Hoje com 24 anos, Clayton despontou para o cenário nacional em 2015, quando teve uma temporada de destaque no Figueirense. Em seguida foi adquirido pelo Atlético-MG, disputou 46 jogos pelo Galo, mas foi emprestado ao Corinthians em 2017. Vem tentando se firmar desde então. Antes de jogar no Vasco entrou em campo sete vezes no ano, pelo Bahia. Não fez gol e, em 2018, também no Tricolor Baiano, marcou dois em 12 jogos.
Logo, chegou ao Vasco longe de ser expectativa de gols marcados, embora fosse esta a principal lacuna do elenco que a diretoria procurava preencher no final de agosto. Mas chegou a São Januário e passou a ser opção para as pontas, principalmente a esquerda do ataque. Estreou como titular, entrou em campo noutras seis ocasiões e foi relacionado para um total de 11 jogos.
Apesar de o passado recente não chancelar expectativa alta em torno de Clayton, era de se imaginar que ele tivesse espaço. Mas assim como ocorreu com outras contratações para o setor ofensivo, como Bruno César e Valdívia, o técnico Vanderlei Luxemburgo deu poucos minutos ao jogador até aqui (no caso de Valdívia, ele nem vem sendo relacionado). O atleta cedido pelo Atlético-MG soma apenas 135 minutos em campo, de acordo com o site "O gol".
Além de não convencer em absoluto nos treinamentos, Clayton conviveu, paralelamente, com o aumento da utilização dos jogadores da base vascaína - ou formados nela. Gabriel Pec passou a ser opção, Marrony seguiu sendo utilizado no comando e no lado esquerdo do ataque, mas principalmente Talles Magno. Este se tornou, aos 17 anos, o principal jogador do ataque cruz-maltino.
Clayton não sai do banco de reservas há três jogos e pode continuar sendo assim até o fim do campeonato, mas por opção técnica. Em meio às possibilidades de interpretação em torno do verbo "atuar" no Regulamento Geral de Competições, o Vasco segue com tudo como está. O LANCE! apurou que diretoria e comissão técnica pretendem seguir com o jogador à disposição de Vanderlei Luxemburgo. Acaba por ser mais um registro da tranquilidade vascaína no caso: o entendimento é de que não houve erro algum.
Deste modo, o atacante tem mais quatro partidas para mostrar serviço e convencer de que pode ser útil no Vasco. Ou no Atlético-MG. Ou em outra equipe na próxima temporada.