Em meio à pressão, o Vasco conquistou uma vitória importante e encostou no G4 da Série B. No entanto, a atuação esteve longe de ser convincente, sobretudo no primeiro tempo, quando a equipe não conseguia criar oportunidades e incomodar o CSA. No próximo domingo, o adversário será o Bahia, atual líder da competição, que tem se destacado neste início com bom desempenho.
Na saída do gramado, os jogadores demonstraram total apoio ao técnico Zé Ricardo. O grupo está unido em prol de recolocar o Gigante da Colina na elite do futebol brasileiro. Porém, o treinador sabe que a equipe pode e deve ter desempenhos melhores para conquistar o acesso tão sonhado.
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O primeiro tempo das últimas duas partidas tornou evidente os problemas de criação da equipe. Os lances de perigo foram apenas na bola parada, o que é pouco para quem pleiteia um lugar no G4. A lentidão nas transições ofensivas também merece destaque, o que faz com que o time perca intensidade e agressividade no ataque.
Foram dois tempos totalmente distintos e o resultado poderia ser outro se o CSA aproveitasse as duas chances que teve nos primeiros quarenta e cinco minutos. No domingo, esses erros podem custar pontos importante na Colina Histórica, visto que o Tricolor Baiano costuma jogar no erro do adversário, como aconteceu contra o Londrina.
Além disso, os baianos também mostraram nestas primeiras seis partidas que têm um rápido contra-ataque. O quarto gol contra o Tubarão mostrou isso, com bola de pé em pé e um belo trabalho de Guto Ferreira. O trio Rildo, Marco Antônio e Davó foi letal nas finalizações e comandou a vitória. O time joga no meio de semana contra o Azuriz, fora de casa, pela Copa do Brasil.
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CHILENO ENTRE OS TITULARES?
O comandante cruz-maltino terá um dilema para resolver, já que Palacios mudou o panorama da partida e trouxe mais força nos duelos individuais e poder de criação. Apesar de ainda buscar o recondicionamento físico, o chileno já deu indícios de que pode ser importante na campanha e ganhar espaço entre os titulares.
No sábado, em vários momentos se viu Nene, aos 40 anos, puxando o contra-ataque e tendo dificuldade em voltar para marcar. O talento e a identificação do meia é inegável, mas Zé Ricardo terá a tarefa de fazer a engrenagem do Vasco girar com mais poderio ofensivo sem fragilizar a defesa. O camisa 10 pode jogar ao lado do chileno, mas precisará de encaixe e de uma dupla de volantes que dê sustentação.
DÚVIDAS NA FRENTE
No ataque, a escalação de Getúlio não surtiu efeito, e Figueiredo voltou a mostrar que dá mais imposição física pelo lado e é mais efetivo na recomposição, outro ponto que merece atenção, visto que Gabriel Pec tem tido dificuldade neste fundamento e concedido espaços aos adversários.
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O time desconexo e espaçado do primeiro tempo não pode repetir esses erros diante do Bahia. Contra um dos adversários mais fortes da Série B, o Vasco precisa estar 100% ligado e não destoar tanto ou depender das substituições. Mesmo invicto, o time está longe do ideal, e Zé Ricardo terá mais uma semana livre para torná-lo mais competitivo.