Um dos nomes mais marcantes da política do futebol do Brasil e da história do Vasco, Eurico Miranda vive um dos momentos mais complicados da vida. Depois de encarar tumores na bexiga e no fígado nos últimos anos, o ex-presidente do clube e atual presidente do Conselho de Beneméritos tem batalhado contra um tumor no cérebro. Ao site "Uol", o dirigente comentou sobre a situação - ele no decorrer do tratamento, feito por radioterapia, chegou a sofrer um derrame.
- Espero comemorar mais uns aniversários do Vasco. O tratamento pega muito esse lado emocional mesmo. Não é fácil, mas vamos seguindo. A evolução tem sido boa. Mexe com o coração, mas não com o raciocínio. Acaba afetando a parte motora. Mas estou superando também - afirmou Eurico Miranda, que na última terça-feira se deslocou com auxílio de uma cadeira de rodas durante homenagem da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) pelos 120 anos de Vasco.
Durante justamente esta homenagem da Alerj, Eurico Miranda se mostrou bastante emocionado. Chorando ao menos em três oportunidades durante o seu discurso (confira vídeo abaixo) - ponto raro de ser visto ao longo de sua trajetória pública -, afirmou que o Vasco não vai voltar a ser grande por conta de nunca ter deixado de ser grande. Debilitado, o presidente dos Beneméritos do Cruz-Maltino vem preocupando amigos, familiares e outros nomes de Vasco por conta do delicado problema de saúde, mas apesar disto, vem cumprindo com os compromissos ligados ao clube em reuniões em São Januário e na sede náutica da Lagoa.
- Eu não teria muito o que falar. Vou falar pouco. Além de agradecer a todos pela homenagem, quero apenas deixar considerado uma coisa. O Vasco não vai voltar a ser grande. O Vasco é grande. O Vasco é grande e nunca deixará de ser grande. Não há hipótese do Vasco deixar de ser grande. A instituição Vasco é uma das maiores, se não a maior, deste Brasil - destacou Eurico Miranda aos presentes na solenidade.
Eurico Miranda tem 74 anos e foi presidente da Diretoria Administrativa do Vasco de 2001 a 2008 e de 2014 a 2017. O dirigente, porém, está na política do Vasco desde a década de 60, quando era vice-presidente de patrimônio do então presidente Reynaldo de Mattos Reis. Advogado formado, também se arriscou na política fora do futebol, sendo eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro no fim da década de 90.