Em meio à comemoração do gol que seria o da virada sobre o Athletico, mas acabou invalidado após consulta ao árbitro assistente de vídeo (VAR), um torcedor do Vasco invadiu o gramado de São Januário, no último domingo. O invasor foi prontamente contido, retirado e levado ao Jecrim (Juizado Especial Criminal). O árbitro da partida, Anderson Daronco, relatou o ocorrido na súmula, mas o clube cruz-maltino não deverá ser punido, tendo em vista que o procedimento foi todo registrado.
Tabela
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O LANCE! apurou que a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ainda vai estudar a rodada e avaliar se oferecerá, ou não, denúncia no caso. Caso seja denunciado, o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva aponta que...
"Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir
I - desordens em sua praça de desporto;
II - invasão do campo ou local da disputa do evento desportivo;
III - lançamento de objetos no campo ou local da disputa do
evento desportivo"... pode resultar em multa de R$ 100,00 a R$ 100.000,00
A depender da gravidade da irregularidade, a perda de mando também é possível, de acordo com o parágrafo primeiro do artigo. Contudo, o parágrafo terceiro explica que "a comprovação da identificação e detenção dos autores da
desordem, invasão ou lançamento de objetos, com apresentação à autoridade policial competente e registro de boletim de ocorrência contemporâneo ao evento, exime a entidade de responsabilidade". Foi o que aconteceu no caso de São Januário.
HENRÍQUEZ SUSPENSO
O lateral-direito Yago Pikachu, o volante Richard e o zagueiro Henríquez receberam cartão amarelo na partida contra o Athletico. Destes, o colombiano já tinha dois acumulados neste Campeonato Brasileiro e está suspenso para o duelo contra o Corinthians, no próximo domingo. Werley é o provável substituto.
CASO DE HOMOFOBIA
O caso do canto homofóbico da torcida do Vasco contra torcedores do São Paulo, há cerca de um mês, foi arquivado. O STJD havia cobrado explicações ao clube cruz-maltino, que apresentou as ações desenvolvidas contra a discriminação. O Tribunal, então, entendeu que foram cumpridas as recomendações emitidas anteriormente pelo próprio STJD. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o presidente da casa, Paulo César Salomão Filho, afirmou que "a intenção não era colocar mordaça em ninguém".