Desempenho contra o Madureira reforça questões óbvias no Vasco
Com um time extremamente jovem, o Cruz-Maltino viu Juninho, um dos com mais jogos dentre eles, ter protagonismo. Mesmo quem evoluiu ou sofreu ganhou experiência
O risco foi, certamente, calculado. O Vasco colocou em campo uma equipe com média de idade baixa. Somente Vanderlei e Romulo tinham 30 anos ou mais. Dentre os demais, Ricardo Graça, de 24, era o mais experiente. Então o resultado seria secundário. Mas o desempenho da equipe foi um reflexo da experiência individual de vários jogadores.
Cayo Tenório novamente competiu na marcação e foi regular, mas foi pelo lado dele a finalização que resultou no gol do jogo. Não há grande drama, mas o tempo deverá lhe fazer colar no adversário mais próximo dentro da área. Ulisses, que até assumiu erro recente, teve atuação valorizada pelo treinador. A evolução pode ser gradativa para quem soma apenas seis jogos como profissional.
A dupla de volantes que começou o jogo foi Romulo e Bruno Gomes - o primeiro saiu antes do previsto. Mas foram Caio Lopes e, principalmente, Juninho, quem melhoraram o controle de bola da equipe. Também é normal que este último tenha tranquilidade para contribuir. Embora estivesse com menos espaço no elenco, o meio-campista de 20 anos chegou a 37 jogos pelo time principal.
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No terço final, pouco pôde ser notado porque foram mais de 60 minutos com um jogador a menos. Laranjeira pecou pela inexperiência ao tomar duas advertências em três minutos, mas já não vinha bem no jogo. Tiago Reis foi outro apagado. Figueiredo também era discreto. Quem colocou bola no travessão? Léo Jabá, de 22 anos, porém com mais bagagem.
Pode ser tudo coincidência, mas não me parece. A experiência costuma pesar em eliminatórias. Mas foi exatamente para dar minutos a jogadores tão novos que a decisão do departamento de futebol foi tomada. Dificilmente haverá novamente, ao longo da temporada, tanta juventude reunida com a cruz de malta.