A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira, mandados de busca e apreensão relacionados à produção de notícias falsas, as fake news. O inquérito é conduzido pelo STF e um dos alvos é o polêmico Luciano Hang, dono da loja de departamentos Havan, que patrocina alguns clubes, sendo o Vasco o principal.
Hang é apenas uma das pessoas próximas ao presidente da república, Jair Bolsonaro, a ser alvo da operação deflagrada esta manhã, que teve como foco principal apoiadores e financiadores da campanha do então candidato. O empresário nega.
- Esse inquérito refere-se a Fake News contra ministros do Supremo Tribunal Federal, jamais atentei contra os mesmos, ou contra a instituição. Nada tenho a esconder, tudo o que falo e penso está nas minhas rede sociais e é de conhecimento público, o que ficará comprovado no decorrer do inquérito. Meu computador pessoal e inclusive meu celular foram disponibilizados pela perícia. - afirmou Luciano Hang em sua conta no Twitter.
Os mandados foram cumpridos na loja da Havan em Brusque (SC) e em dois endereços residenciais ligados a Luciano Hang, tanto em Brusque quanto em Balneário Camburiú (SC). O empresário, de fato, teve equipamentos pessoais apreendidos. Mas se manifestou pela internet e por meio de seu advogado, logo depois.
A luta contra a desigualdade e contra preconceitos faz parte da história do Vasco e é muito cara ao torcedor. Por outro lado, Hang é um dos principais apoiadores de Bolsonaro, que já deu declarações das quais foi acusado de racismo, machismo, homofobia e outros crimes. Por isso houve polêmica mesmo antes da oficialização do patrocínio, no início deste ano.
Torcedores divergiram na internet, uma sede do Vasco chegou a ser pichada contra o patrocínio e especialistas foram ouvidos pelo LANCE! a respeito da imagem do clube a partir do acordo.
Além do Vasco, outros clubes patrocinados pela Havan são o Athletico-PR, o Brusque e o Cascavel. A Chacpecoense foi patrocinada até o fim do mês passado.