Foi o presidente do Vasco, Jorge Salgado, quem admitiu que Zé Ricardo está próximo de ser o novo técnico do Vasco. E se a negociação tiver final feliz, será a segunda passagem do treinador de 50 anos pelo time principal do Cruz-Maltino. Voltaria para o pior momento da história esportiva do clube, após um período extremamente turbulento nos bastidores entre 2017 e 2018.
Naqueles quase dez meses, Zé Ricardo comandou a classificação e a mais recente participação do time vascaíno na Copa Libertadores. O desempenho na competição foi ruim, mas ainda pior foi o desgaste ao qual o treinador foi submetido. Era tempo de "Urna 7".
A polêmica em torno da eleição presidencial do clube começou no final de um ano e tardou a ser concluída no outro. O Vasco chegou a ter três administradores-presidentes por um breve período em janeiro: Eurico Miranda, Fernando Horta e Julio Brant. Ao fim daqueles dias insanos, sem rumo e sem comando, Alexandre Campello foi eleito e empossado.
Em junho, porém, com o clube muito pouco pacificado, uma negociação frustrada após ser dada como certa foi a gota d'água para Zé Ricardo. O treinador chegou a comentar publicamente em entrevista coletiva sobre a chegada do volante Lucas Cândido e do atacante Marquinhos em troca pelo meia Evander, hoje no Midtjylland (DIN).
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Ocorre que, horas depois, Campello desfez o negócio. Era uma sexta-feira. No sábado, o Cruz-Maltino enfrentaria o Botafogo, em São Januário. O time estava num momento irregular, mas o treinador era o menor dos problemas do clube. Todavia, ele próprio pediu demissão após a derrota alegando os elegantes "problemas pessoais".
Sob as ordens de Zé Ricardo, o Vasco somou 22 vitórias, 13 empates e 15 derrotas. Aproveitamento de 52,7% em 50 jogos.