Depois de uma semana onde pelo menos dez nomes de técnicos foram analisados, conforme disse o próprio gerente de futebol Carlos Brazil, o Vasco encontrou um profissional aprovado pela 777 Partners, futura gestora de seu futebol: André Jardine. Mas apesar do acerto parecer improvável, segundo o estafe do treinador ouvido pelo LANCE!, o cruz-maltino quer pelo menos ter uma chance de conversar com o campeão olímpico de 2020 para mostrar o seu projeto.
Segundo o L! apurou com pessoas da cúpula vascaína, o nome de Jardine, com passagens pelas categorias de base de Grêmio e São Paulo - chegou a ter oportunidade entre os profissionais neste último - é visto como ideal pela experiência no trabalho com jovens, um perfil sondado pelo clube desde o início.
O problema - e são muitos - para o Vasco é que além do próprio Jardine ter dado entrevista à imprensa mexicana dizendo que não pretende deixar o México - é o atual comandante do Atlético San Luís, filial do Atlético de Madri no futebol do país norte-americano. E além disso, a sua multa rescisória é cerca de R$ 5 milhões.
- Estou muito honrado, o Vasco é um grande do Brasil, porém não fez nenhum contato e hoje estou muito focado no que estamos fazendo aqui. Quero melhorar o que fizemos temporada passada - disse Jardine à imprensa mexicana.
A reportagem apurou, contudo, que os sinais não desanimaram o Vasco. O time da Colina quer ao menos ter uma reunião com Jardine e explicar o seu projeto. Tem intenção de oferecer algo de longo prazo e mostrar que ele tem o apoio da 777.
A acionista, inclusive, teria papel decisivo na negociação, visto que seria ela quem bancaria o valor da multa do treinador com os mexicanos.
Jardine levou o Atlético das últimas posições da tabela de classificação do Torneio Clausura mexicano para a zona dos oito primeiros que se classificam para o mata-mata. Há disposição do Vasco em esperar esse ciclo se encerrar, até pelo fato da data bater com a provável entrada da 777 no futebol, o que deve acontecer até agosto.
Até por conta disso, é discutido na Colina um plano de deixar o auxiliar Emílio Faro como treinador até lá. Pessoas da comissão técnica fixa, contudo, são contrários já que a chegada de um profissional em estágio tão avançado na Série B poderia afetar o desempenho na reta final da disputa.
Enquanto o assunto segue em decisão - Umberto Louzer, campeão da Segundona em 2020 com a Chapecoense não está descartado de vez, o cruz-maltino continua convivendo com o assédio de empresários. Mais de 20 profissionais foram oferecidos ao clube, que vive uma boa fase na competição. Pelo menos cinco desses nomes são portugueses. Mas a contratação de um profissional estrangeiro não está nos planos, por enquanto. Mas evidente que tudo pode acontecer em São Januário.
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