Falta de atenção pesa, e Vasco leva aprendizado para decisões do Carioca

O Vasco parecia com o título da Taça Rio nas mãos e o torcedor já estava com o grito de campeão na garganta. Porém, uma falta de atenção nos minutos finais e o mérito da pressão do Flamengo culminaram em um empate por 1 a 1 no tempo normal. Na disputa de pênaltis, o time de Alberto Valentim acertou apenas uma cobrança e ficou pelo caminho vendo o rival comemorar.

Em estatísticas do "Footstats", o Vasco terminou a partida com 46% de posse de bola. Foram quatro finalizações certas, todas no segundo tempo, e oito erradas. Além disso, a equipe trocou 254 passes certos e errou 35. Danilo Barcelos e Lucas Mineiro foram os atletas que mais interagiram nos passes, com 11.

Mesmo melhor no segundo tempo, o time de Valentim ficou pouco no campo de ataque, apostando mais nos contra-ataques. E o Flamengo deu vários deles quase de presente. O problema, porém, foi a falta de eficiência nessas jogadas. O Vasco teve pelo menos duas boas chances de matar o confronto e levar o título, mas pecou na hora de chutar ao gol.

O erro mais grave do grupo na partida culminou justamente no gol de empate do Flamengo, já nos acréscimos da partida. Por falta de atenção na marcação, a defesa vascaína cochilou e deixou De Arrascaeta passar sozinho entre os adversários para deixar tudo igual e levar o confronto para as penalidades.

- Se você aproveitar as chances, fica bem mais fácil. Mas é um erro coletivo, não tem que apontar culpados. Não conseguimos matar o jogo. o Flamengo tem qualidade e acabou ganhando. Faz parte. Serve de aprendizado para não descansar nenhum minuto até o jogo acabar, ficar concentrado a partida inteira. O gol foi um pouco de tudo. Perdemos a bola lá na frente, deixamos espaços para eles criarem e cabecear. Não vamos mais descansar no fim dos jogos - disse Ricardo Graça.

- As vezes falta tentar segurar mais a bola, sem perdê-la fácil. Tentar levar a bola para o campo de ataque. Não podemos levar o contra-ataque do contra-ataque. Serve para aprendermos. O ano é muito longo. Vamos tentar tirar um aprendizado de tudo. Perder é sempre ruim - avaliou o zagueiro Leandro Castán, que saiu lesionado no meio do primeiro tempo.

Nas batidas de pênalti, mérito para o goleiro César apenas na batida de Tiago Reis, que poderia ter sido melhor. Rossi e Werley bateram mal e mandaram a bola para fora. Danilo Barcelos foi o único a aproveitar a chance. Uribe, Arrascaeta e Vitinho acertaram as suas. 

Como Alberto Valentim mesmo avaliou, o Vasco caiu de rendimento da Taça Guanabara para a Taça Rio. Entre os problemas apresentados neste duelo e que podem servir de lição para a sequência de 2019, a necessidade de aproveitar as finalizações para não correr riscos e prestar atenção à marcação até o apito final do árbitro. O Cruz-Maltino volta a entrar em campo na quarta-feira, contra o Avaí, pela Copa do Brasil.