Força física, bola aérea defensiva, mas inconstância: conheça Gabriel Dias, iminente reforço do Vasco

Jornalista analisa últimas temporadas do lateral-direito que atuou em apenas três partidas no ano pelo Cruzeiro. Ele chegará para disputar posição com Weverton e Léo Matos

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Restam poucos dias para a estreia na Série B, e o Vasco segue no mercado para encorpar o elenco e preencher as posições carentes do grupo. Uma delas é a lateral-direita em que o recém-contratado Weverton e o experiente Léo Matos tiveram oportunidades no Carioca, mas não conseguiram se firmar e agradar a torcida. Com isso, o nome da vez é Gabriel Dias, que deixará o Cruzeiro e assinará com o Cruz-Maltino.

No entanto, o jogador não atua desde o dia 5 de fevereiro, quando enfrentou a Caldense, e entrou em campo em apenas três oportunidades pelo time celeste. Sem espaço, ficou de fora por sentir incômodo no joelho e ter testado positivo para Covid-19 em fevereiro. Antes disso, ele teve passagens pelos rivais Fortaleza e Ceará.

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O LANCE! conversou com o jornalista Thiago Minhoca, da Rádio O Povo/CBN para compreender as características do lateral. Revelado pelo Palmeiras, Gabriel Dias viveu seu melhor momento no Fortaleza sob o comando de Rogério Ceni. No Tricolor, ele teve regularidade na lateral-direita, mas apresentou inconsistências em determinadas atuações. 

- Ele chegou no Fortaleza anunciado como volante. Ceni passou a usá-lo como lateral muito por conta da estatura. Quando o adversário tinha jogadores altos ou um bom jogo aéreo ele mesclava. Ceni geralmente jogava com um lateral alto e o outro baixo. Outra pequenas vezes até variava, mas fundamentalmente era assim. Outros momentos dobrava o lado direito com Gabriel e Tinga (o lateral que revezava com ele) - disse, e acrescentou:

- Gabriel tem mais deficiências técnicas do que físicas. Fez um bom ano de 2019 na campanha do Fortaleza. Caiu bem na temporada de 2020 e quando foi pro Ceará em 2021 voltou apresentar inconstância em seus jogos. É muito bom na bola área, mas tanto em 2020 e 2021 mostrou muitas dificuldades na função de lateral. Seja defendendo, como na construção - completou.

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No Ceará, Gabriel não conseguiu ter a mesma regularidade e acabou sendo criticado pela torcida. Ele é um jogador mais defensivo, de aplicação tática, forte fisicamente e na bola aérea. Contudo, chega em baixa por não ter rendido nos últimos dois clubes e precisa recuperar seu futebol. Ele disputará posição com Weverton e Léo Matos, que não corresponderam.

- No Fortaleza raramente ficou de fora de jogos. Ele ficou um tempo afastado do Ceará por lesão e suspensão. É um jogador que basicamente mostrou mais qualidade na temporada de 2019, depois se tornou alvo fácil das duas torcidas daqui (em 2020 pelo Fortaleza e 2021 pelo Ceará) - afirmou, e acrescentou:

- Seria mais pra recompor hoje. Precisa recuperar seu futebol que sinceramente não sei se é tanto assim. Até porque o bom ano dele foi em 2019 apenas. O Ceará, por exemplo, terminou 2021 com fortes críticas na lateral direita. Basicamente só o Rogério Ceni fez ele render bem - explicou 

Nas variações táticas do Tricolor do Pici, Gabriel ajudava nas dobras das laterais ao lado de Tinga e era forte na bola aérea defensiva por ter boa estatura (1,83). Em determinados jogos, ele atuou mais à frente ajudando na recomposição e em outros o companheiro exercia a função de extremo. Após a saída de Ceni, o jogador chegou a ser utilizado como volante, sua posição de origem, sob o comando de Zé Ricardo, seu futuro treinador no Cruz-Maltino.

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- Quando Ceni dobrava os laterais pela direita, Gabriel jogava mais adiantado e Tinga na linha mais recuada. Geralmente, Ceni fazia isso em jogos maiores contra Flamengo, São Paulo e Atlético MG. Como o Fortaleza jogava no 4-2-4, Gabriel era o extrema pela direita nessa formação mais defensiva. Que acabou se tornando um 4-4-2 quando se defendia. Gabriel tendo a função de recuperar a bola e puxar contra-ataques e ajudar na bola aérea defensiva caso o adversário mais qualificado usasse esse recurso - finalizou o jornalista.

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