Jardel herdou a posição de Dener no ataque do Vasco depois que o atacante que se mostrava um fenômeno de técnica e drible morreu num acidente de carro. O centroavante fez carreira em Portugal, rodou o planeta, foi multicampeão e artilheiro do país da Península Ibérica, da Europa e do mundo. Mas ele entende que era o então titular em 1994 quem ficaria para a história caso a carreira tivesse prosseguido.
- Foi uma grande perda. O Dener faleceu, o Jair Pereira (então treinador) estava na dúvida e o Ricardo Rocha deu uma cutucada: "Bota o Jardel no lugar do Dener". O Dener ia ser um Pelé da vida. Infelizmente aconteceu uma fatalidade, perdemos uma pessoa maravilhosa, um jogador extraordinário, que iria ser um Pelé, um Neymar, um (Ronaldo) Fenômeno - entende. E completou:
- Eu tive o prazer de fazer os dois gols do tri (tricamponato estadual) e ir lá na Lagoa (Rodrigo de Freitas, local do acidente) e dedicar para ele. Uma pessoa maravilhosa, que vai estar na minha história. Certeza que quem teve a oportunidade de ver o Dener aprendeu muita coisa porque ele era diferenciado - lembrou Jardel, em entrevista à Vasco TV.
Durante transmissão da Vasco TV, Jardel, que atuou no Cruz-Maltino em Vasco temporadas, interagiu e respondeu perguntas de jovens formados no clube e que estão nos primeiros passos no time profissional: Kaio Magno, e Lucas Santos e Tiago Reis. E recomendou sacrifício:
- Larguei família. pegava dois ônibus para ir, dois para voltar. Morava longe da concentração (no Ferroviário, do Ceará). Dormia em colchão de palha. Tinha sangue nos olhos. Sentimento de responsabilidade de mostrar para mim mesmo que eu conseguia - recordou Jardel.