Jogo em São Januário fez jus à ‘competição mais democrática’
Torcida vascaína promove, mais uma vez, um caldeirão em São Januário
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Se a Copa do Brasil é "a competição mais democrática" do país, como gosta de dizer a CBF, o São Januário é dos quatro estádios dos semifinalistas o que melhor se aproxima daquele slogan. Não tem o conforto do Maracanã, o gramado impecável da Arena Corinthians ou a modernidade da Arena MRV. Aliás, é o avesso de tudo isso. Mas o que a torcida do Vasco fez na segunda semifinal diante do Atlético-MG mostrou que levar um jogo de tamanha grandeza e importância para um estádio tão acanhado foi a escolha certa.
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Porque se de um lado o clube deixou de arrecadar os milhões que conseguiria com 65 mil vascaínos no Maracanã, por outro não teria no principal estádio do Rio a simbiose que encontra no bairro Vasco da Gama.
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Só o São Januário é capaz de lotar seu interior e o lado de fora dele. Qual arena teria uma semifinal transcorrendo enquanto, do lado de fora, a menos de 100 metros do campo, centenas de torcedores se aglomeram para assistir ao jogo por uma TV instalada sob a lona de um vendedor de churrasquinho, numa banca de guloseimas ou em botecos com nome de gente comum e com latão de Brahma a R$ 5? Há algo mãos democrático do que isso?
O negócio é tão prosaico e carismático em São Januário que, quando o gol sai, como o marcado de pênalti por Vegetti aos 37 do primeiro tempo, a comemoração do lado de fora do estádio demora uns bons cinco segundos para acontecer porque o sinal de TV -- de sabe-se lá qual procedência -- demora toda essa eternidade toda para chegar.
Feliz é a milionária Copa do Brasil por ter uma semifinal em São Januário.
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