O presidente do Vasco, Jorge Salgado, fez um balanço da sua gestão no clube durante encontro com a imprensa em São Januário nesta segunda-feira (15). No dia 22 deste mês, ele passará o cargo para Pedrinho, eleito em novembro do ano passado. Otimista com o futuro cruz-maltino, o dirigente fez elogios à 777 Partners, detentora majoritária do futebol da Vasco SAF.
Salgado acredita que "todos os clubes brasileiros vão virar Sociedades Anônimas do Futebol". Segundo o presidente vascaíno, os antigos modelos de gestão foram superados e não condizem com a nova realidade do esporte.
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O dirigente relatou que encontrou um "cenário assustador" quando assumiu o clube em 2021. Na época, o Vasco havia acabado de ser rebaixado para a segunda divisão. De acordo com Salgado, a dívida vascaína ultrapassava a marca de R$ 1 bilhão, dos quais mais de R$ 200 milhões não estavam contabilizados.
- Era constrangedor entrar no clube e ver os funcionários com meses de salários atrasados - afirmou o presidente, que revelou ter demitido cerca de 200 funcionários.
Quando a SAF foi regulamentada no Brasil, em 2022, o dirigente enxergou no modelo a solução para a injeção de capital financeiro no Vasco. A venda de 70% do clube-empresa para a 777 Partners foi concluída em setembro daquele ano. Segundo Salgado, apesar de ter sido uma negociação dura, a oferta dos norte-americanos "sempre foi a melhor".
No entanto, o presidente contou que a relação entre as partes não foi fácil no início. Carlos Osório, VP do clube, também esteve presente no encontro com a imprensa e disse que o antigo CEO, Luiz Mello, "construiu um muro entre o Vasco e a SAF". Na visão dos dirigentes, a gestão errou ao tomar decisões importantes sem consultar a diretoria.
Em julho deste ano, Luiz Mello deu lugar a Lúcio Barbosa como CEO da Vasco SAF. O trabalho do novo comandante foi elogiado por Salgado e Osório. Para eles, o gestor promoveu mudanças importantes. Segundo os dirigentes, a SAF acertou ao reconhecer que o elenco vascaíno não seria suficiente para evitar o rebaixamento e efetuar, então, novas contratações.
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Com o mandato chegando ao fim, os dirigentes estão otimistas em relação ao futuro cruz-maltino. Para Osório, "o ano de 2024 tem um potencial de realização e receitas extraordinário". Além de acreditarem que a SAF está fazendo um bom trabalho, eles estão confiantes no próximo presidente. Jorge Salgado afirmou que a "nova diretoria é da melhor qualidade" e elogiou as conversas que teve com o seu sucessor, Pedrinho, para tratar do processo de transição.