Janeiro, fevereiro e março. Os três primeiros meses de 2020 já se foram e os jogadores do Vasco continuam sem receber salários, além das férias relativas à temporada passada. Em entrevista ao Fox Sports, o volante Andrey confirmou o cenário preocupante e afirmou que, apesar da paralisação, os líderes do elenco negociam a regularização dos atrasados com a diretoria.
Mas o buraco é bem mais embaixo. O presidente Alexandre Campello admitiu recentemente que a dívida bate na casa dos R$ 700 milhões, o que impossibilita não só a formação de um time competitivo como a manutenção do elenco atual sem uma crise sempre prestes a entrar em ebulição.
Foi assim também que o clube passou pelo constrangimento de contratar o técnico Abe Braga já avisando que não seria possível pagar o salário em dia - o treinador já pediu demissão e, ao que tudo indica, também está na fila esperando para receber.
A chegada de Ramon Menezes para o seu lugar não parece suficiente para uma reviravolta de um time incapaz até de chegar às semifinais da Taça Guanabara. Quando a bola voltar a rolar, o Vasco corre um grande risco de, mais uma vez, ter como maior meta do ano se manter na primeira divisão, algo que vai no sentido oposto da grandeza de sua história.
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