Luxemburgo, durante o empate do Vasco contra o Avaí (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)
Quando Vanderlei Luxemburgo assumiu o comando no Vasco, no dia 8 de maio, ele tinha algumas missões principais em uma equipe fragilizada. Dar a volta por cima na carreira após mais de 500 dias sem trabalhar em clubes, blindar o elenco dos problemas externos e tirar o time da chamada "zona da confusão" do Campeonato Brasileiro. Um turno depois, as mudanças aconteceram, mas alguns problemas continuam no radar.
É fato que o Cruz-Maltino atual tem um padrão de jogo e venceu partidas importantes contra São Paulo e Atlético-MG, por exemplo. E que Luxa encontrou Talles Magno e potencializou jogadores como Oswaldo Henríquez, Raul e Richard. No entanto, a falta de eficiência no ataque persegue o trabalho do treinador até aqui. Além disso, a instabilidade dos resultados impede que a equipe avance na pontuação. Entretanto, são 27 pontos conquistados pelo Vasco, que antes do primeiro jogo do novo treinador era o lanterna da competição com um empate e três derrotas.
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As limitações do elenco e a dificuldade financeira para contratar pesam no momento em que o Brasileirão chega na fase mais intensa. A necessidade de um centroavante, crescente após a saída de Maxi López, não conseguiu ser suprida. Os constantes desfalques também atrapalham. O Vasco de Luxa tem 23 jogos, 10 vitórias, seis empates e sete derrotas. São 24 gols marcados e 21 sofridos.
- Se pegarmos no primeiro turno, nessa rodada tínhamos dois pontos. Estamos chegando a essa rodada com cinco pontos. Do que tínhamos lá atrás, temos três pontos a mais. Fomos melhores nestes jogos do que no primeiro turno. O problema é que vocês resumem o Vasco ao elenco. Eu resumo o Vasco aos últimos anos. O que o Vasco passou nos últimos anos. A estrutura, as dificuldades. São muitas dificuldades. Não resta dúvida - disse Luxemburgo após a partida com o Avaí.
Fora das quatro linhas, o clima é notavelmente melhor do que era com Alberto Valentim, adversário desta noite. Mesmo com três meses de salários atrasados para os jogadores, Luxemburgo administra a situação ao lado de André Mazzuco, diretor de futebol do clube. No entanto, caso a pressão da torcida aumente, o ambiente pode ficar mais complicado.
Mesmo com moral por um bom início de trabalho, Vanderlei Luxemburgo começa a ver um horizonte de mais cobranças pela frente. As próximas rodadas, com confrontos contra Fortaleza e Botafogo em São Januário, se tornam essenciais para o bom andamento do trabalho. Depois disso, a equipe terá uma dura sequência contra Internacional (fora), Ceará (fora) e Grêmio (casa).
