Aos 41 anos, Nenê sabe que está vivendo seus últimos momentos como jogador de futebol. O camisa 10 tem contrato com o Vasco até o final de abril e já pensa no que fazer após pendurar as chuteiras. No entanto, em entrevista exclusiva ao LANCE!, o meia revelou o desejo de prolongar um pouco mais a carreira, ao menos até o final do ano.
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- Não quero falar muito porque eu vou me emocionar. Mas assim, conversamos antes da renovação. Já pensamos algo para depois, se não for renovar ou se for renovar. A gente vai ver no final do contrato. Se eu ainda estaria bem, tranquilo, jogando ou ficando no banco como tenho ficado (risos). E ainda se eu ia querer e decidir o que eu vou fazer. Eu e o Paulo (Bracks) tivemos essa conversa, que eles gostariam que eu continuasse no Vasco. Não sei se na área de gestão, com o pessoal da diretoria ou no campo com a comissão. A gente teve essa conversa, mas foi na hora da renovação, no ano passado. Agora, eu estou amadurecendo essa ideia, porque ainda não caiu a ficha que está acabando - afirmou Nenê, que completou.
- Eu estou mais para o campo, mas ainda está em aberto. 60% Barbieri e 40% Paulo (Bracks).
No campo ou fora dele, a tendência é de que Nenê permaneça no Vasco, clube que está marcado em sua carreira e no qual retribuiu com números expressivos. São 63 gols e 50 assistências em 200 jogos, completados na vitória sobre o Flamengo, no último domingo. Na maioria das partidas o meia foi titular, porém ultimamente o jogador tem ficado como opção no banco de reservas. Essa situação tem sido encarada com naturalidade.
- É uma coisa natural. A gente não é eterno. A aposentadoria está chegando e a gente vai conversando. Foi natural, porque no primeiro jogo que eu fiquei no banco, ele (Barbieri) mudou o sistema, que foi em um clássico (Fluminense). Jogamos com três volantes. Não só em relação ao Alex (Teixeira). Mas o Alex é um cara sensacional também. A gente sabia que os dois estando bem é bom para o Vasco. Este ano está sendo uma coisa natural, porque eu já tenho o contrato até abril, por enquanto. Seria uma coisa normal da gente estar tendo essas mudanças, até pela maneira de jogo e intensidade que estamos vendo, que não é fácil para um jogador da minha idade. De estar tendo essa intensidade e marcação em determinados jogos, como nos clássicos por exemplo. Claro que eu gosto de estar em campo. Estou sempre entrando em tudo, mas é uma coisa natural. Estou jogando até hoje por causa disso, da minha competitividade. É uma coisa que vamos conversando e acaba acontecendo naturalmente.
Nenê chegou ao Vasco em 2015 e, apesar de todas as dificuldades, conquistou um Carioca (2016), ajudou o time a se classificar para a Libertadores e foi determinante em dois acessos (2016 e 2022). O jogador fez questão de ressaltar que em todos os momentos foi feliz ao defender o Cruz-Maltino.
- Sempre fui feliz aqui. Você não entende a paixão. É como cantam a música "nunca vão entender esse amor". O amor que a torcida tem pelo clube, tantos anos sofrendo, eles fazendo o que estão fazendo todo esse tempo na Série B. E enche o estádio, canta e não tem como não te contagiar. Arrepia mesmo você estar em São Januário, no Maracanã, e eles cantando o tempo inteiro. Você se sente parte daquilo. Não tem como não cantar. E os moleques cantando também, o Marlon (Gomes) e Figueiredo. É uma coisa que contagia. Estou feliz e espero que a gente possa voltar a conquistar grandes coisas e espero que aconteça neste ano.
Na entrevista, Nenê fez um balanço sobre toda a sua trajetória no Vasco, a relação de idolatria que possui com a torcida e com os jogadores mais jovens do elenco, além da convivência com o eterno ídolo Roberto Dinamite, que faleceu em janeiro deste ano. Essas respostas podem ser vistas no vídeo acima.
A entrevista na íntegra está disponível na LANCE!TV.