São Januário foi construído em 1927 e atualmente tem capacidade para 22 mil torcedores (Daniel Ramalho/Vasco)
Outubro promete ser decisivo para o futuro do Vasco. O clube sonha com a reforma de São Januário e, paralelamente a isso, quer a gestão do Maracanã. Os dois assuntos estarão bem quentes neste mês e o Cruz-Maltino já vem trabalhando nos bastidores para que tudo dê certo. As duas pautas possuem relação com os órgãos públicos.
A reforma de São Januário está atrelada à Prefeitura do Rio. O Vasco aguarda o encaminhamento do projeto de lei para a Câmara Municipal, que autoriza a transferência de potencial construtivo do estádio para a Barra da Tijuca. Os valores dessa transação serão utilizados exclusivamente para as obras no local.
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O Lance! apurou que o prefeito Eduardo Paes ainda não encaminhou o projeto de lei pois estão trabalhando na versão final do texto. Em 12 de setembro, quando o Vasco assinou o Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público, pela liberação de São Januário, Eduardo Paes garantiu que daria sequência ao assunto em outubro.
- Eu venho aguardando um pouco isso porque temos uma outra negociação em andamento em relação ao Parque Olímpico. Também ali deve ser feito uma transferência de potencial construtivo. Se essa negociação com a Caixa não avançar até o final de setembro, a minha ideia é encaminhar esse projeto (São Januário) para a Câmara de Vereadores - afirmou Eduardo Paes, em setembro.
A reportagem apurou que as negociações da Prefeitura com a Caixa Econômica Federal em relação ao potencial construtivo do Parque Olímpico, não avançaram. Portanto, o projeto de lei envolvendo a reforma de São Januário vai sozinho para a Câmara Municipal.
Novo round pelo Maior do Mundo
O Vasco não desistiu do Maracanã e mais uma vez reforçou a sua vontade em administrar o estádio. O clube enviou um ofício para o secretário da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Nicola Miccione, com o objetivo de marcar posição sobre Termo de Permissão de Uso (TPU), que dá ao Flamengo e Fluminense, a concessão temporária do Maracanã até o dia 23 de outubro.
A expectativa do Vasco é por um chamamento público por parte do Governo do Estado, abrindo concorrência para que outros interessados possam participar de um novo TPU. O Maracanã é administrado por Flamengo e Fluminense desde abril de 2019, em caráter provisório. Desde então, ocorreram oito renovações automáticas.
Em agosto, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro determinou o prosseguimento da licitação do Maracanã. Na última quinta-feira (28), o governador Cláudio Castro elegeu as comissões para dar sequência ao processo. No entanto, o edital não ficará pronto antes do fim do TPU.
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No entendimento da conselheira do TCE, Mariana Willeman, que foi relatora no julgamento que decidiu pelo prosseguimento da licitação do Maracanã, é necessário realizar abrir concorrência para uma nova cessão temporária do estádio.
- Meu voto autoriza que o estado dê prosseguimento à licitação, condicionando-se a observância de série de determinações apresentadas por mim, mas absolutamente não se trata aqui de termo de permissão de uso. Imagino que o Estado esteja realizando esse procedimento (chamamento público), para poder, se for o caso, realizar nova permissão de uso enquanto não for possível finalizar a licitação - afirmou a conselheira do TCE, Mariana Willeman.
E nesse argumento que o Vasco se apega para poder, enfim, apresentar proposta para gerir o Maracanã. O Cruz-Maltino confia que tem o melhor projeto para o estádio por ter aliados como a Legends e a WTorre, referências em gestões de grandes arenas pelo mundo.
