No confronto contra o mesmo Bahia pela Copa do Brasil, Zé Ricardo admitiu ter sido a pior atuação da temporada e creditou à postura desligada dos atletas. Desta vez, esse não foi o problema. No primeiro tempo, o Vasco começou melhor na Fonte Nova e chegou a dominar grande parte do jogo. No fim, o resultado e a sensação foram os mesmos daquele de três semanas atrás. O LANCE! explica.
Com um time inteiro de desfalques, Zé Ricardo precisou quebrar a cabeça para definir a escalação e o banco de reservas. Inclusive, pôs na lista a garotada da base vice-campeã carioca neste mês. Lembrando que o quarteto Wellington-Paulão-Gabriel Félix-Evander está afastado. Parafraseando a postagem que sucumbiu no afastamento dos atletas, um questionamento: 'de quem é a culpa?'
O goleiro Fernando Miguel não pode ser o culpado. Fazia sua estreia e sofreu três gols dentro da área, sem nenhuma marcação que evitasse os arremates. Os laterais, em baixa com a torcida, tiveram mais uma atuação ruim, mas não que justificassem os três a zero. A dupla de zaga formada por Erazo e Ricardo, incrivelmente, não foi mal - o equatoriano fez bons lançamentos e o garoto da base mostrou bom senso nas coberturas.
Do meio para frente, também é difícil achar um culpado. A não ser Desábato, que foi expulso no segundo tempo e prejudicou a equipe. O argentino, porém, tem crédito e é hoje o menor dos problemas. Bruno Silva, Wagner, Pikachu e Kelvin tiveram atuações apagadas, mas nada abaixo da média.
Os garotos que entraram, devido a pouca experiência e minutagem em campo, também não mostraram serviço. Mas não podem ser crucificados pelo resultado. Nem Giovanni Augusto, que entrou depois de meses lesionado e sofreu com a falta de ritmo de jogo.
Seria a culpa de Zé Ricardo? O treinador, analisando friamente, tinha poucas peças disponíveis para montar um time forte, mesmo diante do Bahia, antes na zona de rebaixamento. Ele acredita que o calendário influencia na má campanha do Vasco, já que as lesões se intensificaram por conta da corrida pré-Libertadores em janeiro.
Ao Vasco, diante de problemas fora e dentro de campo, resta somar o máximo de pontos possíveis e não se preocupar com a qualidade do futebol praticado. Isso, pelo menos, até a Copa do Mundo. Restam mais cinco jogos para não sofrer, conseguir vitórias na marra e repensar o planejamento para o segundo semestre.